Reunião pública de 8-1-1960.
Questão n.º 7.
1 Em qualquer estudo da mediunidade, não podemos esquecer que o pensamento vige na base de todos os fenômenos de sintonia na esfera da alma.
2 Analisando-o, palidamente, tomemos a imagem da vela acesa, apesar de imprópria para as nossas anotações.
3 A vela acesa arroja de si fótons ou força luminosa.
4 O cérebro exterioriza princípios inteligentes ou energia mental.
5 Na primeira, temos a chama.
No segundo, identificamos a ideia.
6 Uma e outro possuem campos característicos de atuação, que é tanto mais vigorosa quanto mais se mostre perto do fulcro emissor.
7 No fundo, os agentes a que nos referimos são neutros em si.
8 Imaginemos, no entanto, o lume conduzido. Tanto pode revelar o caminho de um santuário, quanto a trilha de um pântano.
9 Tanto ajuda os braços do malfeitor na execução de um crime, quanto auxilia as mãos do benfeitor no levantamento das boas obras.
10 Verificamos, no símile, que a energia mental, inelutavelmente ligada à consciência que a produz, obedece à vontade.
11 E, compreendendo-se no pensamento a primeira estação de abordagem magnética, em nossas relações uns com os outros, seja qual for a mediunidade de alguém, é na vida íntima que palpita a condução de todo o recurso psíquico.
12 Observa, pois, os próprios impulsos.
13 Desejando, sentes.
14 Sentindo, pensas.
15 Pensando, realizas.
16 Realizando, atrais.
17 Atraindo, refletes.
18 E, refletindo, estendes a própria influência, acrescida dos fatores de indução do grupo com que te afinas.
19 O pensamento é, portanto, nosso cartão de visita.
20 Com ele, representamos ao pé dos outros, conforme nossos próprios desejos, a harmonia ou a perturbação, a saúde ou a doença, a intolerância ou o entendimento, a luz dos construtores do bem ou a sombra dos carregadores do mal.
Emmanuel