1 Emaranhas-te, algumas vezes, no cipoal da incompreensão de seres queridos.
2 Aqui, é um filho que se te afigura inacessível às diretrizes de renovação; mais além, é um coração amado que parece não mais te suportar os convites ao bom senso .
3 Não insistas com intimações palavrosas. Ameaças e desafios assemelham-se a marteladas sobre pregos de fixação.
4 Oferece-lhes bondade e simpatia, quando te não consigam entender, mas não os encarceres nas linhas de teus pensamentos.
5 Se pessoas queridas fogem de ti, inconformadas com a vida em tua casa mental, abençoa-as com serenidade e continua agindo e servindo na execução dos ideais superiores que abraças.
6 E se, um dia, te retomarem à convivência, buscando trabalhar perto de ti, quanto se te faça possível, abre-lhes os braços; e se te solicitam a intercessão para que venham a servir noutros caminhos, não vaciles ajudá-las, a fim de que retomem o esforço de elevação do qual se afastaram transitoriamente.
7 Perdão não é apenas uma joia na boca e sim a aceitação dos outros, na condição em que ainda se encontrem, com a sincera disposição de colocar-nos em lugar deles, não somente para avaliar-lhes a situação, mas também para sabermos quanto estimaríamos recolher, na situação dos que erram, a tolerância da generosidade alheia.
8 Sigamos o próprio caminho, sem impedir que os semelhantes escolham estradas diferentes das nossas. Certa feita, recomendou Jesus ao Apóstolo:
— “Perdoarás não apenas uma vez, mas setenta vezes sete vezes”. ( † )
9 Isso quer dizer também que à frente dos nossos irmãos que nos firam ou nos ofendam, cabe-nos abençoá-los e auxiliá-los, tantas vezes quantas se fizerem necessárias.
Meimei