O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Registros imortais — F. C. Xavier e outros médiuns do Grupo Meimei — Autores diversos


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Na seara do bem

81ª reunião | 29 de maio de 1958.


Presentes: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Francisco Cândido Xavier, Laura Nogueira Lima, Geni Pena Xavier, Lucília Xavier Silva, Francisco Teixeira de Carvalho, Geraldo Benício Rocha, Edmundo Fontenele, Neuza Rocha, Aderbal Nogueira Lima, Hélio Coscarelli, Antônio Cordeiro Albuquerque, Zínia Orsine Pereira, Gil de Lima e Waldemar Silva.

Comunicação recebida pelo médium Gil de Lima.


Meus caros amigos, todos desejamos a felicidade própria pelos meios que nos parecem razoáveis e justos. É natural que não pensemos senão em atravessar os caminhos do mundo sem angústias e sem pesares. Entretanto, devemos considerar que as dificuldades, os embaraços, as próprias dores físicas e os desgostos morais são estímulos de que carecemos para que possamos valorizar a luta, através da qual atingiremos, mais tarde, se soubermos, através dessas mesmas dificuldades, enriquecer o cofre do coração com os talentos da luz, da paciência, da resignação e da tolerância.

É extremamente agradável usufruirmos na Terra momentos de alegria, de satisfação íntima, ao lado dos amigos, dos parentes, de quantos de nós se aproximem. Entretanto, precisamos compreender que a verdadeira felicidade consiste não apenas em nos reunirmos em hostes agradáveis, com os queridos do coração, mas de levarmos parcela da nossa alegria, da alegria que desejamos ou da alegria que realmente existe em nós, àquelas criaturas, àqueles irmãos queridos que não a conhecem, que igualmente a aspiram como nós a aspiramos, e são tão dignos dessa felicidade como nós próprios nos julgamos ser.

Antes de pensarmos em nossa própria felicidade, não nos esqueçamos de que jamais poderemos ser felizes sem que irmãos queridos, em experiências mais ásperas, dela também participem. E lembremo-nos de que antes de qualquer desejo que possa significar na nossa vida felicidade unicamente de realização pessoal no caminho das nossas vitórias fáceis, consideremos que nos cumpre buscar, primeiramente, o Reino de Deus e a Sua Justiça antes que pretendamos realizar qualquer outro reino que não seja o da paz, o da harmonia, o do entendimento fraterno, o daquela felicidade que, sendo nossa, deve ser também daqueles que vivem em torno de nossos passos, perto ou distantes dos nossos corações.

Muita paz para nós e para todos vós.


Um irmão


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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