O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Registros imortais — F. C. Xavier e outros médiuns do Grupo Meimei — Autores diversos


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Sacerdote amigo

65ª reunião | 6 de fevereiro de 1958.


Presentes: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Gil de Lima, Laura Nogueira Lima, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Lucília Xavier Silva, Francisco Teixeira de Carvalho, Edite Malaquias Xavier, Eunice Cerqueira, Neuza Rocha, Aderbal Nogueira Lima, Francisco Cândido Xavier, Geraldo Benício Rocha, Maria da Cruz e Waldemar Silva.

Comunicação recebida pelo médium Geraldo Benício Rocha.


Eu ia para Santa Rosa a meditar na morte e tinha medo, tinha muito medo mesmo! Eu cria que havia de morrer, que eu havia de ficar debaixo da terra, então eu via lá aquela laje muito grande que todos os padres ali do convento tinham que ficar debaixo dela.

Eu ficava nervoso, rezava, rezava, rezava, e não tinha um momento de alegria mais! Eu fiquei como doido e morri mesmo, e quando acordei, no meio de tanto caixão, de tanto esqueleto, de tanto homem que me chamava “Padre!… Padre!… Padre!…”, meditei: eu estou doido, pois estou ouvindo, não morri! E fiquei apavorado! Acordei gritando, lá na outra casa, quase há cinco anos. Eu estava doido!…

Abriram a sepultura, a pedra corria atrás de mim, e eu fiquei desorientado! Mas os senhores me ensinaram o Evangelho de Jesus segundo o Espiritismo!

Muito grande coisa foi para mim e tive uma alegria muito grande no coração, pois encontrei minha mãe, meu irmão, encontrei a minha gente com esclarecimento muito maior do que o meu, aí, na companhia dos senhores!

Então fiquei aprendendo a doutrina do Espiritismo nesta casa. Foi, para mim, motivo de muita alegria! Curou-me a falta de memória, o entendimento, e eu vi que estava aqui no Brasil, na terra de igualdade, de fraternidade, de sentimento e de amor ao próximo e respeito a Deus.

Eu não tinha que respeitar passado de glórias de família, mas amar o próximo, todos irmanados naqueles sentimentos bonitos de Jesus, nosso Senhor.

Aprendi muito e estou aprendendo ainda. Agora, até já me sinto com mais facilidade de falar. Falo a toda gente, como eu mesmo, que não compreende direito palavras de brasilidade, e venho agradecer a Jesus a graça de estar em contato com os senhores, irmãos, irmãs, amigos, companheiros, e a tanta ajuda, tantos benefícios!

Quero pedir a todos lembrar o estrangeiro que ainda não sabe falar.

A morte é mistério muito grande! Não pensem os senhores que morreu vai entender as coisas, não! A gente fica como que vivo, vendo o corpo de carne, mas não é de carne, e daí as dificuldades para compreender!…

O Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo é fraternidade, hospitalidade, que reúne as criaturas debaixo da bandeira misericordiosa e sacrossanta da paz, da alegria, da felicidade e do entendimento. Adeus, meus irmãos! Paz a todos!


[Um padre]

Obs. Espírito comunicante não identificado. No original datilografado há o seguinte registro ao final da mensagem: “?”


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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