O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Registros imortais — F. C. Xavier e outros médiuns do Grupo Meimei — Autores diversos


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Reajuste

48ª reunião | 26 de setembro de 1957.


Presentes: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Geni Pena Xavier, Lucília Xavier Silva, Francisco Gonçalves, Francisco Teixeira de Carvalho, Francisco Cândido Xavier, Antônio Inácio de Melo, Edite Malaquias Xavier, Zínia Orsine Pereira, Geraldo Benício Rocha, Waldemar Silva e Santinônimo Vieira Machado.

Comunicação recebida pelo médium Geraldo Benício Rocha.


Senhores, meus irmãos, boa noite!

Há dois anos e pouco a graça do Senhor me permitiu vir ter convosco para que as luzes da sua misericórdia se fizessem sobre a minha alma.

Sofrendo de uma fobia humana desastrosa nos últimos anos da minha vida, embrenhei-me pelo campo de uma esquizofrenia depressiva. Destruí a minha inteligência, educação, sentimento de religiosidade, sociabilidade e quaisquer outros desejos de civilidade ou de civilização. Perdido que me encontrava neste mundo de confusões, de vozes aterradoras, espectros medonhos, desgrenhados, a pedirem-me contas de julgamentos, a solicitarem-me beneplácitos nos despachos de questões de economia e de finanças, vedar os olhos em benefício desses ou daqueles herdeiros, finalmente, parcialidade, consciência medida a peso de dinheiro.

Volvi cada vez mais para a confusão e o desespero dominava-me a alma. Era um caos profundo o meu cérebro quando ouvi algumas criaturas falarem sobre paz, sobre harmonia, sobre boa vontade. Atraí-me, atraíram-me, e pude vibrar horas após uma comunhão de sentimentos, de fé, de amor e de compaixão para os que sofriam naquele casarão centenário.

Alguns dias permaneci recebendo o calor daquela prece, o convívio daquelas novas amizades, e para aqui fui trazido.

Naquela noite, vos contei a minha história de desespero. Nem sei se portei-me como homem civilizado, nem sei, ao menos, se respeitei a santidade do ambiente que me acolhera. No entanto, hoje, com a alma repleta dessas clarinadas de fé, com o Espírito balsamizado pela consoladora esperança de que não traí a minha própria consciência, nem o meu dever, que tudo quanto se passava era apenas uma grande possibilidade que eu havia perdido como médium audiente, eu rendo graças ao Senhor por ingressar, por ter ingressado efetivamente, há poucos dias, não como doente, mas já como um aprendiz das lições de fraternidade e de amor que se desenrolam neste cenáculo sublime de Jesus, nosso Senhor e Mestre.

E devia, isto me foi permitido, externar a minha satisfação para que aquelas almas que me pediam venalidade, para aquelas criaturas que só pensavam em conspurcar as consciências a troco de seu dinheiro, ouvissem a minha palavra, não de um homem que devia dar uma sentença, mas de um irmão que havia encontrado a mão amiga do Senhor, a palavra de exortação, a sua palavra de consolação e de esperança. Então aqui vim e pude, por vosso intermédio, utilizando-me das possibilidades que me oferecestes, falar àquelas criaturas, trazê-las ao vosso meio, fazê-las sentir o calor da verdade, do amor, a palavra da consolação e agora, jubiloso, externo a minha gratidão ao Senhor, a vós outros que me acolheram, e sinto que me valendo dessa oportunidade nada possa vos apresentar senão agradecimentos baldos de palavras que harmonizassem, que se afirmassem com a delicadeza, com a beleza e com a grandiosidade da Doutrina que vou aprendendo.

Alheio como fui a esse conhecimento elevado, arquivando apenas de longe algumas referências, sinto quanto perdi, sinto quanto podia ter engrandecido meu coração, a minha alma, quanto podia ter prolongado a minha própria existência, e quanto de utilidade poderiam ter tido esses conhecimentos!

Não obstante, passaram-se as oportunidades…

Mister se faz que aproveitemos agora esta que o Senhor nos concedeu. E nós, cheios de esperança, suplicamos a continuidade da vossa ajuda. Suplicamos que a vossa palavra se faça sempre consoladora e norteadora no caminho da nossa vida.

Meu boa noite, os meus agradecimentos e meu grande desejo de continuar como aprendiz dos labores desta casa.


Sesósteles de Oliveira Teixeira

Amigo humilíssimo de todos vós.  


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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