O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Registros imortais — F. C. Xavier e outros médiuns do Grupo Meimei — Autores diversos


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Companheiro de volta

47ª reunião | 19 de setembro de 1957.


Presentes: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Geni Pena Xavier, Lucília Xavier Silva, Francisco Teixeira de Carvalho, Francisco Cândido Xavier, Edmundo Fontenele, Zínia Orsine Pereira, Geraldo Benício Rocha e Waldemar Silva.

Comunicação recebida pelo médium Geraldo Benício Rocha.


Tu, que tiveste, Senhor, o cireneu que te ajudou a conduzir o madeiro em que nossa impiedade te crucificou, dai-me, Senhor, o cireneu para que eu possa conduzir a cruz da minha redenção!

É de muita alegria o momento, e de grande contentamento para a minha alma externar-me, no meio de irmãos e de amigos, na glorificação da vida eterna, da continuidade da sobrevivência, reavivando nas almas e nos corações a esperança de uma eternidade que a cada passo se burila, se aperfeiçoa e se aproxima da santidade, não obstante a distância dos séculos.

Companheiro que fui, outrora, arrostando as dificuldades de uma cegueira material, tive sempre o coração e o espírito voltados para o excelso Mestre, na certeza de que o cireneu não me faltaria no caminho da redenção, no caminho da preparação para uma vida mais útil aos homens, meus irmãos, principalmente àqueles que tivessem a mesma necessidade. Depois de anos de cura, depois de anos de instrução, de armazenamento de forças psíquicas e forças morais, eis-me jubiloso, de pé na estrada da reencarnação, trazendo as mesmas características da raça desprezada, mas o coração cheio de fé e de certeza que hei de, com o auxílio das almas que vibram, uníssonas, harmoniosas nos princípios que são a evangelização de amor, trazer para o seio, para o rebanho do divino Pastor, aqueles que bebem nas estradas da incompreensão, aqueles que bebem no cipoal do vício, aqueles que se destroem no malbaratamento do tempo e das possibilidades mediúnicas.

É também de agradecimento aos meus amigos. Vibrações muito amorosas, muito delicadas, muito meigas chegaram ao meu coração! Várias vezes, pude sentir o calor das vossas preces, pude palpitar de alegria, vendo que se elevava cada vez mais o conceito da Doutrina dos espíritas e dos Espíritos.

Eu falaria por muito tempo, porque fui sempre muito arengueiro, mas a concessão foi pequena. Foi para solicitar, suplicar a companheiros de outrora, a irmãos da Eternidade, que me cerquem com o carinho da prece, que me amparem com a solidariedade do consolo e da esperança, através da projeção de fluidos vitais. Muito em breve, a prosopopeia desaparecerá num corpo de um criolinho barrigudo e eu virei novamente perlustrar as estradas da vida.

Permita o Senhor não me falhe a visão e que eu tenha a mente bem elevada e o coração sempre mais puro! Companheiros, amigos e irmãos, louvemos ao Senhor na sua grandeza infinita, na sua misericórdia incomensurável! Enchamos o coração de esperança e de fé, e partamos confiantes de que havemos, de mãos dadas, glorificar o nosso Senhor e Salvador!
Boa noite, do velho amigo,


Gibraltar de Souza


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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