O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Registros imortais — F. C. Xavier e outros médiuns do Grupo Meimei — Autores diversos


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Em louvor ao Evangelho

3ª reunião | 18 de outubro de 1956.


Presentes: Arnaldo Rocha, Francisco Teixeira de Carvalho, Elza Vieira, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Francisco Cândido Xavier, Edmundo Fontenele, Edite Malaquias Xavier, Áurea Gonçalves, Aderbal Nogueira Lima, Zínia Orsine Pereira, Geraldo Benício Rocha e Waldemar Silva.

Comunicação recebida pelo médium Geraldo Benício Rocha.


Jesus seja louvado, meus filhos. Que a sua misericórdia se faça sobre nós nesta noite em que vamos falar de tal modo que a nossa palavra seja gravada.

Lembramo-nos, assim, de trazer-vos a nossa experiência na luta para buscarmos, todos juntos, a graça do Senhor.

No seu Evangelho temos aprendido tanto que nos encorajamos hoje a recordar nos companheiros mais moços que ele não somente é um livro que se deva ler por espírito de religiosidade ou de temor a Deus, mas sim como código seguro, que nos conduz às estradas aplainadas do Sumo Bem, preparando-nos para a compreensão maior. Infelizmente, não são apenas os neófitos, mas também os iniciados nos mais altos estudos que não lhe entendem o supremo valor. Ainda assim a palavra do divino Mestre nele está como advertência sublime, alertando-nos para o amor — que é a vida de nossas almas.

Amor, meu filhos! É o que nos falta nos dias tumultuosos em que vivemos todos, encarnados e desencarnados, porque as angústias que nos ferem, as incompreensões, a ausência de fé, as dores de todos os recantos nascem nas sombras do egoísmo crescente. Lembremo-nos, assim, da necessidade do Evangelho nos lares, oficinas, no trabalho e em toda parte, a fim de que os nossos objetivos sejam alcançados.

Reconhecemos que mesmo os iniciados na Doutrina de Jesus usam o Evangelho apenas por obrigação. Não puderam ainda apreender-lhe a luz magnífica, e nem puderam apreender-lhe as consolações e as esperanças sublimes. Busquemos, irmãos e companheiros queridos, a cada dia reproduzir, de qualquer modo que a nossa mente for capaz, a figura misericordiosa de Jesus, nosso Senhor, nas suas expressões repassadas de amor e sabedoria, atendendo-lhe às exortações que ressoam, divinas, através dos séculos. Pelo Evangelho, conquistaremos vossas almas. Essa deve ser nossa constante preocupação — vivo roteiro dos nossos dias —, principalmente quando nos empenharmos em aprimorar os nossos sentimentos, em alijar das nossas almas os maus hábitos, melhoramo-nos, a fim de aprimorarmo-nos no Senhor.

As gerações do passado sucederam-se entre decepções e lágrimas por buscarem a felicidade sem Cristo, mas nós outros, que lhe ouvimos a palavra, sentimos o hálito divino animando-nos à justa renovação. A sua mão misericordiosa levantou-nos das cinzas do pretérito. A poeira das civilizações caídas no erro não se amontoou sobre os nossos ouvidos porque lhe escutamos ainda o apelo consolador: “Vinde a mim vós que sofreis e que vos achais sobrecarregados, que eu vos aliviarei!” ( † )

Fomos a ele e sentimos que o seu amor infinito desceu sobre nós. Saibamos, pois, conservar-lhe a graça divina.

E, terminando, saudamos a todos os companheiros em nome de sua paz, rogando a Deus nos abençoe para sempre.


Antônio João


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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