O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Renascimento espiritual — Familiares diversos


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Gilson Gravena de Souza

NASCIMENTO: 22 de dezembro de 1963.
DESENCARNAÇÃO: 02 de março de 1980.

Palavras consoladoras e que se confirmam para a família Souza. Gilson relata ao seu irmão Walter que o socorreu quando foi atingido por um projétil disparado por desconhecido, perfurando o seu pulmão ao se encontrar em uma roda de amigos.

A surpresa e a confirmação da Vida Espiritual continuava. A vovó Elzidia era a benfeitora que por ele velava quando passava pelo refazimento amparado pelo sono.

Nessa expectativa, os familiares rejubilavam-se na alegria que amenizava as dores e a saudade da ausência de Gilson.

Mamãe Iracema e papai Pedro Paulo entendiam que Jesus os confortava com as bênçãos da presença de Gilson. Rogava à mãezinha querida as preces constantes em seu favor, para que pudesse afirmar-se na Vida Espiritual como um aluno da cristandade e alertando sobre encontros que tiveram na Vida Espiritual, quando sua mãe acreditava que fossem sonhos.

Gilson pede o esquecimento do acontecido e para que não cultivem qualquer ressentimento. O que muito sensibilizou a família.

Ao receber a mensagem, o Sr. Pedro Paulo, impressionado, dizia: Eu e minha esposa só deixamos ao Chico o nome do Gilson e as datas de seu nascimento e falecimento. Gilson veio relatando todo o ocorrido como realmente aconteceu: Baleado por um desconhecido, em uma roda de amigos enquanto conversavam e o encontro com a vovó Elzidia, nome pouco comum de se encontrar entre nós.




MENSAGEM


As suas preces, querida mamãe, me servirão de âncora e estarei no lugar de um filho amigo e de um cristão que não deve se esquecer do que nos foi ensinado por Jesus.

1 Querida mamãe Iracema, sempre querida mãezinha, peço a sua bênção, tanto quanto rogo essa luz ao papai Pedro Paulo.

2 Mamãe, não sofra mais lembrando o que me aconteceu. Estou aqui com a vovó Elzidia que me afirmou que o seu coração e o dela formam um só.

3 Ignoro até hoje de onde partiu o projétil que me abateu. Lembro-me de que o Waltinho me apanhou chorando nos braços, diante do grupo que se condensava em torno de nós e nada mais vi, e nem senti, senão que me via dominado pela fome de repousar. 4 Queria dormir e o meu próprio corpo encontrou meios de se aquietar sem que eu viesse a movimentar qualquer outro tipo de providência.

5 Em seguida a esse descanso na inconsciência de mim mesmo, acordei ao lado de alguém que velava o meu sono. 6 Esse alguém era a vovó Elzidia que me disse ser minha mãe também. Tanta bondade transpareceu do acolhimento dela que me consolei nas lágrimas que me subiram do coração para os olhos. 7 Chorava, ao saber-me separado do seu carinho e longe de casa. Os três irmãos e o papai estavam cada vez mais vivos em minha memória e a morte me pareceu um carrasco cruel. 8 Pouco a pouco, a vovó Elzidia me acalmou e quando fui ao seu encontro, embora misturasse o meu pranto com o seu, não havia mais revolta em meu íntimo.

9 De certo, fora alvejado por alguém que me tomava o lugar na desencarnação para que em mim se cumprissem as Leis de Deus. 10 Se me achava tão vivo quanto antes, não tinha de que me queixar na transferência havida, só a saudade me doeu e ainda me dói profundamente no peito. 11 As suas preces, querida mamãe, me servirão de âncora e estarei no lugar de um filho amigo e de um cristão que não deve se esquecer do que nos foi ensinado por Jesus.

12 Peço dizer especialmente ao Carlos, ao Waltinho e ao Rogério, que desejo esquecimento para o acontecido. Se eles souberem de algum detalhe do sucedido, que me façam a caridade de não cultivarem qualquer ressentimento. 13 Estou bem, melhorando sempre, e não desejo cair em depressões por motivo de ações que forem movidas contra alguém, seja quem seja, em nome de minha memória.

14 Os seus sonhos, mãezinha, não são sonhos, são encontros nossos na Vida Espiritual, nos quais procuro mostrar-lhe a minha alegria por estar começando a trabalhar. 15 Não quero dispor de tempo para defesas de meu nome, atividade que nem Jesus quis adotar. Estamos felizes porque temos Deus em nossa fé e com a nossa fé venceremos.

16 Muitas lembranças aos irmãos e os amigos. Não posso escrever mais.

17 A vovó Elzidia me pede o ponto final para não incomodarmos aos irmãos que já se acham cansados e com sono depois do dia trabalhoso de cada um. 18 Vovó lhe envia muitos beijos e eu entrego ao seu carinho e a meu pai o coração inteirinho do seu filho


Gilson

Gilson Gravena de Souza




ESCLARECIMENTOS


Pais: Pedro Paulo Souza.
Iracema Gravena Souza.

Endereço: Rua Irmã Pia, 261 - CEP 05335-050 - São Paulo - SP.

Vovó Elzidia: Elzidia Zani, desencarnada em 20.02.1974, materna.

Irmãos: Walter Gravena Souza, Rogério Gravena Souza, Carlos Gravena Souza.


Rubens S. Germinhasi


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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