Caminhadas, caravanas e tantas quantas forem as oportunidades da presença materna, de esposas, filhos… encontrarem a palavra dos seus entes queridos, estimulam-se no encontro com a mensagem esclarecedora, retorna ao tempo da lembrança, as ideias do caminho, a sofreguidão faz ajuntar os desejos com a candidatura da fé, ansiados na imagem gloriosa do Cristo, paz imorredoura transformada e esmerada na dor.
Onde estará o ser que vem de encontro às rogativas da saudade?
Ausência que faz crescer o sentimento nesta esfera longínqua em que a paciência e o amor controlam nesta investida para se amenizar as amarguras dos corações sofridos.
Nós aqui falamos da mãe, que no amor e na saudade compreendeu que seu filho querido partiu para nova jornada de sua vida junto à Espiritualidade, origem, lar e retorno às lides que apoiam aquele que no aprendizado soube se impor pelo vigor de sua vontade, pela esperança do amanhã, pelo tempo que a Divindade lhe empresta, pelo aproveitamento em suas ações caridosas.
Nesta página, possam as palavras grafadas na pena do amor, o intento de Augusto Cezar conquistar na compreensão de quem percebe em sua mensagem, o valor e o reconhecimento de um coração de mãe que abraçou o trabalho da caridade, abrindo caminhos para que a paz chegue aos Espíritos carenciados na vida humana, amparando-os num esforço em que a misericórdia de Jesus os coloca como os privilegiados do bem.
MENSAGEM
“Mamãe, louvado seja Deus, porque nenhuma vicissitude da existência conseguiu e nem consegue separar-nos. Estamos unidos, à feição do caule e da rosa sem espinhos que eles oferecem no campo da natureza.”
1 Meus amigos, Jesus nos abençoe.
2 Antes de tudo, peço-lhes desculpas se faço desta abençoada reunião um motivo pessoal para agradecer.
A mãezinha Yolanda, em sua ternura, organizou um esquema de trabalho, em que eu fosse o centro das atenções, sem merecimento de minha parte.
3 Entretanto, será justo ponderar: que filho não será tocado nas fibras mais íntimas do coração, tendo o aniversário ornado das flores de carinho que desabrocharam do coração materno?
4 Sinto-me aqui, neste momento, entre a alegria e o desapontamento. Alegria de receber uma festa que me descerra o espírito aos maiores anseios de felicidade, na felicidade de ser realmente tão feliz em possuir um coração maravilhoso de mãe a tutelar-me, e o desapontamento de não ser o que devo ser, ante a bondade e a generosidade de tantos companheiros que aderem ao contentamento de que me sinto possuído, diante do carinho maternal, pelo que peço a tolerância de todos.
5 Mãezinha Yolanda, em julho fiz o propósito de comemorar juntos o nosso dia de nascimento, a fim de, com mais justas razões, consagrar esta solenidade à sua dedicação.
Festejamos, desse modo, o seu natalício, agora, em setembro, nos primeiros dias da Primavera.
6 Com a sua permissão, sócios que somos da mesma felicidade, ofereço-lhe as notas de paz e harmonia ao seu amor que me trouxe à experiência humana, que me acalentou os primeiros dias, que me ensinou a pronunciar o nome de Deus e me ensinou a dar os primeiros passos.
Para o seu devotamento, as flores de compreensão e bondade desta hora, a nascerem dos corações amigos que acorrem a nos felicitar.
7 O tempo não recua, mas para mim estamos em seu belo dia de julho passado.
Muito grato por todas essas bênçãos.
8 Temos conosco a satisfação ilimitada de receber o abraço dos nossos companheiros e companheiras de São Paulo, da presença de nossa querida Wanda, representando todos os nossos entes queridos e os notáveis amigos de Pindamonhangaba, que atravessaram o vento frio da noite para aquecer-nos os corações com as estrelas sonoras de seus cânticos…
9 Deus de bondade, não será isso demais para mim um filho tão pobre de qualidades e para a sua mãe tão rica de virtudes que para mim é o verdadeiro centro de nossas atenções?
10 Tenho o meu espírito transbordando de ventura, dessa ventura que nasce no ponto mais íntimo do sentimento.
11 Mãezinha Yolanda, muito obrigado por todo o socorro que me tem doado, muito grato pelos pães que recebo de suas mãos, pela roupa com que me vestiu e sempre veste, pelas bênçãos de fé e esperança com que me enriquece de paz e entendimento, porque você, querida Mamãe, deu a mim todo esse tesouro bendito que a sua formosa tarefa espalha em todas as direções. 12 Os corações beneficiados por seu amor ao próximo estão igualmente aqui, muitos deles para abraçá-la e abençoar-lhe a existência.
Louvado seja Deus!
13 Louvado seja Deus, porque nenhuma vicissitude da existência conseguiu e nem consegue separar-nos. Estamos unidos, à feição do caule e da rosa sem espinhos que eles oferecem no campo da natureza.
14 A caridade foi o campo bendito em que estendemos os nossos ideais e, com a bênção de Deus, dela não nos afastaremos.
15 Mãezinha querida, todos os nossos entes amados estão aqui representados nos amigos que nos amam com tantas provas de consideração e ternura.
16 Muitos companheiros da Vida Maior comparecem aqui para saudá-la e a todos uno o meu pensamento de amor e gratidão, como sendo a nota musical intercalada no contexto da melodia.
Deus nos abençoe.
17 Aqui me calo, para que os nossos amigos de Pinda se façam o destaque harmonioso de nossa festa e, com os meus agradecimentos a todos, beija-lhe a fronte querida, o filho de seu coração, sempre seu,
Augusto Cezar
Augusto Cezar Neto
ESCLARECIMENTOS
Pais: Raul Cezar (desencarnado).
Yolanda Cezar.
Endereço: Rua Marcos Lopes, 204. São Paulo - SP.
Wanda Biasaventi: Prima por parte materna.
Notáveis amigos de Pindamonhangaba: Coral Anália Franco representado e composto por integrantes da Mocidade Espírita Augusto Cezar, da cidade de Pindamonhangaba, em São Paulo.
Rubens S. Germinhasi