Hélio Ossamu Daikuara, o Tiaminho, nasceu na capital paulista no dia 23 de janeiro de 1975.
Filho de Hélio Ituo Daikuara e de D. Sayoko Daikuara completam-lhe a família as irmãs Cidilea Mayumi e Tatiana Tiyomi.
Afável, alegre, comunicativo, vinte dias antes de partir, apresentou-se, contudo, diferente. Mais quieto, triste, comia pouco e, reiteradas vezes, perguntou ao pai e também à genitora o que era morrer.
Numa das noites que antecederam sua partida, como não queria deitar-se, o pai insistiu para que dormisse e Tiaminho respondeu: “Não tem importância Pá, pois, eu vou morrer mesmo”!!!
Na manhã de verão do dia 25 de janeiro de 1980, desencarnou por atropelamento na Rodovia Guarujá-Bertioga.
Momentos antes, dera o último testemunho de seu terno amor à família. Como o trânsito na estrada não fluía, descera do automóvel e colhera três flores silvestres amarelas que entregou à mãezinha e a cada uma das duas irmãs. Foi seu derradeiro gesto de carinho na Vida Física.
Neste livro, apresentamos sete mensagens psicografadas por Francisco Candido Xavier, sendo, as duas primeiras recados do Dr. Bezerra de Menezes, conhecido Benfeitor Espiritual, e as seguintes, cartas do Tiaminho aos pais.
O primeiro recado, que o Dr. Bezerra de Menezes enviou aos genitores, ocorreu 2 meses e meio após o acidente que levou Tiaminho do convívio familiar.
Posteriormente, a 9 de agosto, ou seja, seis meses e meio depois, veio outro recado, também do Dr. Bezerra de Menezes.
Finalmente, na noite de 4 de março de 1981, pouco mais de um ano de sua desencarnação, o Tiaminho escreveu a primeira de cinco cartas que definitivamente reacenderam nos pais a esperança e a alegria de viver certos que ficaram de que o filho não havia sucumbido à agressão de um automóvel, mas que ressurgia do Plano Espiritual para trazer a palavra de esperança ao seu “Pá”, lembrando-lhe e à mãezinha que Deus não nos desampara.
Lembra-nos ainda Tiaminho que adversidades são etapas transitórias em nossas vidas, períodos difíceis, mas sempre iluminados pela bondade do Criador que nos fortalece ante as provas que representam meios de quitarmos compromissos de vidas anteriores.
Qual o ipê que se veste de flores no Outono e mesmo no Inverno, oferecendo à natureza mensagem de eterna Primavera, Tiaminho nos traz, pela via mediúnica, mesmo envolvido na dor da saudade e da separação, a cristalina certeza da sobrevivência do Espírito.
Ao leitor amigo, desejamos que encontre nestas páginas do pequeno-grande Tiaminho, muita paz, reconforto e orientação, já que foram elas a bússola segura a conduzir a embarcação dos pais e irmãs pelas águas turbulentas da dor e da incerteza, rumo da compreensão maior dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus-Cristo.
Caio Ramacciotti