O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Religião dos Espíritos — Emmanuel


59

Fenômeno magnético

Reunião pública de 28-8-1959.

Questão n.º 427.


1 Quem admite hoje o fenômeno magnético, por novidade, se esquece naturalmente de que, no Egito dos Ramsés, velho papiro trazido aos nossos dias já preceituava quanto ao magnetismo curativo: — “Pousa a tua mão sobre o doente e acalma a dor, afirmando que a dor desaparece.”

2 Séculos transcorreram, até que ele adquirisse extensa popularidade com as demonstrações de Mesmer ( † ) e atravessasse, tímido, o pórtico da experimentação científica com personalidades marcantes, quais James Braid ( † ) e Durand de Gross, ( † ) Charcot ( † ) e Liébeault. ( † )

3 E, nos tempos últimos, ei-lo em foco, desde os mais avançados gabinetes das ciências psicológicas até os espetáculos públicos nos quais a hipnose é conduzida, indiscriminadamente, para fins diversos.


4 Entretanto, importa considerar que é justamente em Nosso Senhor Jesus-Cristo que ele atinge o seu ponto mais alto na Humanidade.

5 Todavia, não se vale dele o Senhor para alardear os poderes que lhe exornam o Espírito.

6 Não lhe mobiliza os recursos para impressionar sem proveito.

7 Não lhe requisita os valores para discussões estéreis.

8 Não lhe concentra as possibilidades para a defesa de si próprio.

9 Jesus é o amor divino alongando os braços à angústia humana.

10 Estende a mão e cegos veem, e paralíticos se levantam, e feridentos se alimpam e obsidiados se recuperam.

11 Fita Madalena em casa de Simão e dá-lhe forças para que se liberte das entidades sombrias que a subjugam; contempla Zaqueu no sicômoro e modifica-lhe as noções da riqueza material; fixa Judas no cenáculo e o companheiro infeliz foge apressado, incapaz de suportar-lhe a presença, e endereça a Pedro um simples olhar das grades da prisão e o amigo que o negara pranteia amargamente.

12 Ainda assim, não se detém nos casos particulares.

13 Junto ao povo, tempera cada manifestação com autoridade e doçura, humildade e comando, respeito e compreensão.

14 De ninguém indaga a prática religiosa, para fazer o bem.

15 No ensinamento, utiliza parábolas para não ferir fosse a quem fosse.

16 A todos oferece o apaziguamento da alma, antes da cura física.

17 Não procura os poderosos da Terra para qualquer entendimento, e, sim, busca de preferência os que passam curvados sob o jugo das aflições.

18 Não se faz precedido de arautos e batedores.

19 Não demanda lugares especiais para a exibição dos fenômenos que lhe vertem das faculdades sublimes.

20 E, para imprimir o magnetismo divino da Boa-Nova na mente popular, traça no monte as bem-aventuranças da vida eterna, proclamando veemente: ( † )

  21 Felizes os humildes de espírito, porque a eles toca o reino dos Céus.

  22 Felizes os que choram, porque serão consolados.

  23 Felizes os afáveis, porque possuirão a Terra.

  24 Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.

  25 Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia.

  26 Felizes os que trazem consigo o coração puro, porque sentirão a presença de Deus.

  27 Felizes os pacíficos e os pacificadores, porque serão chamados filhos do Altíssimo.

  28 Felizes os que forem perseguidos sem causa, porque o reino dos Céus lhes pertence.


29 Se te afeiçoas, assim, ao fenômeno magnético, seja qual for o filão de tuas atividades, poderás estudá-lo e incrementá-lo, estendê-lo e defini-lo, mas, para que dele faças motivo de santidade e honra, somente em Jesus-Cristo encontrarás o luminoso e indiscutível padrão.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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