O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Religião dos Espíritos — Emmanuel


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Memória além-túmulo

Reunião pública de 16-1-1959.

Questão n.º 220.


1 Automaticamente, por força da lógica, elege o homem na contabilidade uma das forças de base ao próprio caminho.

2 Contas maiores legalizam as relações do comércio, e contas menores regulamentam o equilíbrio do lar.

3 Débitos pagos melhoram as credenciais de qualquer cidadão, enquanto que os compromissos menosprezados desprestigiam a ficha de qualquer um.

4 Assim também, para lá do sepulcro, surge o registro contábil da memória como elemento de aferição do nosso próprio valor.

5 A faculdade de recordar é o agente que nos premia ou nos pune, ante os acertos e os desacertos da rota.

6 Dessa forma, se os atos louváveis são recursos de abençoada renovação e profunda alegria nos recessos da alma, as ações infelizes se erguem, além do túmulo, por fantasmas de remorso e aflição no mundo da consciência.

7 Crimes perpetrados, faltas cometidas, erros deliberados, palavras delituosas e omissões lamentáveis esperam-nos a lembrança, impondo-nos, em reflexos dolorosos, o efeito de nossas quedas e o resultado de nossos desregramentos, quando os sentidos da Esfera física não mais nos acalentam as ilusões.

8 Não olvideis, assim, que, além da morte, a vida nos aguarda em perpetuidade de grandeza e de luz, e que, nessas mesmas dimensões de glorificação e beleza, a memória imperecível é sempre o espelho que nos retrata o passado, a fim de que a sombra, reinante em nós, se dissolva, nas lições do presente, impelindo-nos a seguir, desenleados da treva, no encalço da perfeição com que nos acena o futuro.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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