Reunião pública de 12-1-1959.
Questão n.º 712.
1 Qual acontece com a árvore, a equilibrar-se sobre as próprias raízes, guardamos o coração na tela do presente, respirando o influxo do passado.
2 É assim que o problema da tentação, antes que nascido de objetos ou paisagens exteriores, surge fundamentalmente de nós — na trama de sombra em que se nos enovelam os pensamentos…
3 Acresce, ainda, que essas mesmas ondas de força experimentam a atuação dos amigos desenfaixados da carne que deixamos a distância da Esfera física, motivo por que, muitas vezes, os debuxos mentais que nos incomodam levemente, de início, no campo dessa ou daquela ideia infeliz, gradualmente se fazem quadros enormes e inquietantes em que se nos aprisionam os sentimentos, que passam, muita vez, ao domínio da obsessão manifesta.
4 Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
5 É o trabalho, por essa forma, o antídoto adequado, capaz de anular toda enquistação tóxica do mundo íntimo, impulsionando-nos o Espírito a novos tipos de sugestão, nos quais venhamos a assimilar o socorro dos Emissários da Luz, cujos braços de amor nos arrebatam ao nevoeiro dos próprios enganos.
6 Assim, pois, se aspiras à vitória sobre o visco da treva que nos arrasta para os despenhadeiros da loucura ou do crime, ergue no serviço à felicidade dos semelhantes o altar dos teus interesses de cada dia, porquanto, ainda mesmo o delinquente confesso, em se decidindo a ser o apoio do bem na Terra, transforma-se, pouco a pouco, em mensageiro do Céu.
Emmanuel