“… A caridade não é invejosa…” — PAULO (1 Coríntios, 13.4)
1 Muitos companheiros asseveram a disposição de ajudar, em nome da caridade; entretanto, para isso, exigem os recursos que pertencem aos outros.
2 Querem amparar os necessitados…
Mas dizem aguardar vencimento igual ao do colega que lhes tomou a frente na organização de trabalho.
3 Declaram-se inclinados ao socorro de meninos desprotegidos…
Alegam, todavia, que apenas assumirão a iniciativa quando possuírem casa semelhante à do amigo mais próspero.
4 Afirmam-se desejosos de colaborar na construção da fé, amando e esclarecendo a quem sofre…
Interpõem, no entanto, a condição de desfrutarem a autoridade dos irmãos que se encarregam dessa ou daquela instituição, antes deles.
5 Expõem a intenção de escrever, na difusão da luz espiritual…
Contudo, somente entrarão em atividade quando dispuserem da competência de quantos já despenderam larga parte da vida, na estruturação da palavra escrita.
6 Se aspiras a servir ao bem, não te detenhas na cobiça expectante, a pedir que a possibilidade dos outros te passe às mãos.
A caridade não é invejosa.
Façamos a nossa parte.
Emmanuel
(Reformador, abril de 1961, p. 76)