O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Libertemos

“Disse-lhes Jesus: desatai-o e deixai-o ir.” — (JOÃO, 11.44)


1 É importante pensar que Jesus não apenas arrancou Lázaro à sombra do túmulo. Trazendo-o, de volta, à vida, pede para que seja restituído à liberdade.
“Desatai-o e deixai-o ir” — diz o Senhor.

2 O companheiro redivivo deveria estar desalgemado para atender às próprias experiências.

3 Também nós temos, no mundo da própria alma, os que tombam na fossa da negação.

4 Os que nos dilaceram os ideais, os que nos arrastam à desilusão, os que zombam de nossas esperanças e os que nos lançam em abandono assemelham-se a mortos na cripta de nossas agoniadas recordações.
Lembrá-los é como reavivar velhas úlceras.

5 Entretanto, para que nos desvencilhemos de semelhantes angústias, é imperioso retirá-los do coração e devolvê-los ao sol da existência.

6 Não basta, porém, esse gesto de libertação para nós. É imprescindível haja de nossa parte auxílio a eles, para que se desagrilhoem.

7 Nem condená-los, nem azedar-lhes o sentimento, mas sim exonerá-los de todo compromisso, ajustando-os a si próprios.

8 Aqueles que libertamos de qualquer obrigação para conosco, entregando-os à bondade de Deus, mais cedo regressam à luz da compreensão.

9 Se alguém, assim, caiu na morte do mal, diante de ti, ajuda-o a refazer-se para o bem; entretanto, além disso, é preciso também desatá-lo de qualquer constrangimento e deixá-lo ir.


Emmanuel



(Reformador, junho de 1960, p. 122)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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