“Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” — JESUS (Marcos, 8.34)
1 Ninguém se queixe inutilmente.
2 A dor é processo.
A perfeição é fim.
3 Assim sendo, caminheiros da evolução ou da redenção têm, cada qual, a sua cruz.
4 Esse almeja, aquele deve.
5 E para realizar ou ressarcir, a vida pede preço.
6 Ninguém conquista algo, sem esforçar-se de algum modo; e ninguém resgata esse ou aquele débito, sem sofrimento.
7 Enquanto a criatura não adquire consciência da própria responsabilidade, movimenta-se no mundo à feição de semi-racional, amontoando problemas sobre a própria cabeça.
8 Entretanto, acordando para a necessidade da paz consigo mesma, descobre de imediato a cruz que lhe cabe ao próprio burilamento.
9 Encarnados e desencarnados, jungidos à Terra, vinculam-se todos ao mesmo impositivo de progresso e resgate.
10 No Círculo carnal, a cruz é a dificuldade orgânica, o degrau social, o parente infeliz…
11 No Plano espiritual, é a vergonha do defeito íntimo não vencido, a expiação da culpa, o débito não pago…
12 Tenhamos, pois, a coragem precisa de seguir o Senhor em nosso anseio de ressurreição e vitória. Para isso, porém, não nos esqueçamos de que será preciso olvidar o egoísmo enquistante e tomar nossa cruz.
Emmanuel
(Reformador, maio de 1960, p. 98)