“Quando pois vos conduzirem para vos entregarem, não estejais solícitos de antemão pelo que haveis de dizer, mas, o que vos for confiado naquela hora, isso falai, porque não sois vós os que falais e sim o Espírito-Santo.” — JESUS (Marcos, 13.11)
1 Se tens a consciência tranquila no cumprimento do próprio dever, guardas em ti mesmo cidadela e refúgio.
2 Não te percas em conflitos inúteis, nem te emaranhes nas explicações infindáveis.
3 Acusado de mistificador, responde com o devotamento à verdade.
4 Acusado de malfeitor, responde fazendo o bem.
5 Por todas as culpas imaginárias em que te cataloguem o nome, oferece por resposta a prestação de serviço.
6 O fruto revela a árvore.
A obra fala do homem.
7 Quem te provoca, através do escárnio, mostra-se mal informado ou doente; e quem te fere, através do insulto, traz consigo pensamentos de ódio e destruição.
8 Não lhes sanarias o mal à força de palavras somente.
9 Dá-lhes a conhecer a própria rota no trabalho edificante que realizas e a Luz Divina inspirar-te-á o verbo justo, no instante certo.
10 Meditando sobre a atitude do Cristo, ao deixar justiçar-se, nos tribunais terrenos, ante a sanha dos cruéis detratores que o içaram à cruz, somos induzidos a pensar que o Mestre — centralizado nas construções da Vontade do Pai — teria agido assim por ter mais que fazer que gastar tempo em defesas desnecessárias.
Emmanuel
(Reformador, novembro de 1959, p. 252)