“Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus-Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa…” — PEDRO (2 Pedro, 1.1)
1 Em muitas ocasiões, admitimos erroneamente que os grandes vultos do Cristianismo terão obtido privilégios nas Leis Divinas; entretanto, basta a reflexão nas realidades do Evangelho, para que nos capacitemos da sem-razão de semelhante conceito.
2 Simão Pedro nos fala da fé “igualmente preciosa” e raros vultos da história do Cristo poderão competir com ele em matéria de renovação pessoal.
3 Era ele pescador de vida humilde, homem quase iletrado, comprometido em obrigações de família, habitante de aldeola paupérrima, seguidor do Evangelho submetido a tentações e vacilações que, por algumas vezes, o fizeram cair; entretanto, guindou-se à posição de apóstolo da causa mais alta da Humanidade, ampliou seus conhecimentos, adquiriu importância fazendo-se condutor e irmão da comunidade, liderou a ideia cristã nas metrópoles do seu tempo e, de cada vez que se viu incurso em erro, procurou corrigir-se e seguir adiante, no desempenho das obrigações que lhe eram atribuídas.
4 Realmente, não possuímos qualquer justificativa para isentar-nos do serviço de autoeducação, à frente do Cristo, sob a alegação de que não recolhemos recursos imprescindíveis à solução dos problemas do próprio burilamento para a vitória espiritual.
5 Pedro, com a autoridade do exemplo, afirma-nos que, diante da providência Divina, todos nós obtivemos valores iguais para as realizações da mesma fé.
Emmanuel
(Reformador, fevereiro de 1964, p. 26 e 27)