O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Palavras de vida eterna — Emmanuel


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Diante da Justiça

“Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé e não tiver as obras? porventura a fé pode salvá-lo?” — (TIAGO, 2.14)


1 Estranha a norma do homem, quando julga possuir as chaves da Vida Superior, simplesmente por manter a fé, como se bastasse apenas convicção para que se realize serviço determinado.

2 Comparemos fé e obras com a planta e as construções.

3 Sem plano adequado, não se ergue edifício em linhas corretas.

4 Note-se, porém, que o aleijão arquitetônico, improvisado sem plano, ainda serve, em qualquer parte, para albergar os que jornadeiam sem rumo, e o projeto mais nobre, sem concretização que lhe corresponda, não passa de preciosidade geométrica, sentenciada ao arquivo.

5 Um viajante transportará consigo vasta coleção de croquis pelos quais se levantará toda uma cidade, mas, se não dispõe de uma tenda a que se abrigue durante o aguaceiro, decerto que os desenhos, conquanto respeitáveis, não impedirão que a chuva lhe encharque os ossos.

6 Possuir uma fé será reter uma crença religiosa; no entanto, cultivar a fé significa observar segurança e pontualidade, na execução de um compromisso.

7 Ninguém resgata uma dívida unicamente por louvar o credor.

8 À vista disso, não nos iludamos.
Asseguremo-nos de que não nos faltará a Bondade Divina, mas construamos em nós a humana bondade.

9 Por muito alta a confiança de alguém no Poder Maior do Universo, isso, por si só, não lhe confere o direito de reclamar o bem que não fez.


Emmanuel


(Reformador, julho de 1963, p. 145)


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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