“Reconcilia-te sem demora com o teu adversário…” — JESUS (Mateus, 5.25)
1 Diante dos inimigos, preservemos a própria serenidade.
2 Reconciliar-se alguém com os adversários, nos preceitos do Cristo, é reconhecer-lhes, acima de tudo, o direito de opinião.
3 Exigir a estima ou o entendimento dos outros e preocuparmo-nos em demasia com os apontamentos depreciativos que se façam em torno de nós, será perder tempo valioso, quando nos constitui sadio dever garantir a nós próprios tranquilidade de consciência.
4 Harmonizar-nos com todos aqueles que nos perseguem ou caluniam será, pois, anotar-lhes as qualidades nobres e desejar sinceramente que triunfem nas tarefas em cuja execução nos reprovam, aprendendo a aproveitar-lhes as advertências e as críticas naquilo que mostrem de útil e construtivo, prosseguindo ativamente no caminho e no trabalho em que a vida nos situou.
5 Renunciemos, assim, à presunção de viver sem adversários que, em verdade, funcionam sempre por fiscais e examinadores de nossos atos, mas saibamos continuar em serviço, aproveitando-lhes o concurso sob a paz em nós mesmos.
6 Nem o próprio Cristo escapou de semelhantes percalços.
7 Ninguém conseguiu furtar a paz do Mestre, em momento algum; entretanto, ele, que nos exortou a amar os inimigos, nasceu, cresceu, lutou, serviu e partiu da Terra, com eles e junto deles.
Emmanuel
(Reformador, maio de 1962, p. 104)