1 Homem, por mais que a fé ore e conclame
Teu coração à excelsa paz divina,
Buscas, sedento de carnificina,
O moloque da guerra, escuro e infame.
2 Embora a voz do Mestre te proclame
A lei do amor em bênçãos de doutrina,
Entronizas o braço que assassina
Por milênios de treva e de gravame…
3 Eis que o monstro de fogo te constringe
A garganta famélica de Esfinge
E as mãos negras e hirsutas de Mavorte!
4 Caim possesso de sinistros demos,
Ai de ti, que enterraste os dons supremos
Nos abismos tantálicos da morte! n
Augusto dos Anjos
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