1 Meus amigos, Deus vos conceda muita paz.
2 Pobre servo de Jesus, não vos venho trazer a palavra de sabedoria, mas a da cooperação fraterna, em sua misericórdia, para o estudo de nossas expressões evolutivas em caminho da espiritualidade luminosa.
3 Quero referir-me ao vosso desejo de nossa manifestação sobre “As quatro Babilônias”, repositório de numerosas elucidações oriundas do Alto, isto é, do Plano divino, de cujo reservatório de verdades emanou o pensamento profundo dessa obra. 4 Não só o instrumento humano e falível contribuiu para esse evento. Grande número de enviados cooperou na exposição desse trabalho sadio, dando curso às mais sublimes inspirações. 5 Nem mesmo um cérebro perecível poderia avançar tanto nesse caminho de concepções, tão-somente com a pobreza das possibilidades materiais. 6 Somente o Espírito, apreendendo a luz divina, percorrendo as estradas dos acontecimentos e perquirindo a sagrada semeadura, nos tempos mais remotos, poderia realizar esse esforço, trazendo ao conhecimento humano a chave da revelação nas suas características universalistas.
7 Podemos adiantar ainda que nos Planos espirituais mais próximos da Terra se organizam núcleos devotados ao bem e à verdade, sob a égide do Senhor, de maneira a preparar-se a mentalidade evangélica esperada para o milênio futuro, depois da grande ceifa em que o orbe terá de renovar os seus caracteres. 8 É natural que esses núcleos de entidades amorosas e sábias se aproximem das coletividades que já conseguiram realizar as melhores edificações no terreno definitivo da construção espiritual. 9 A Europa, nas suas expressões de decadência, não conseguiria receber semelhantes vibrações numa hora destas, em que o Velho Mundo ouve, amargurado, os mais dolorosos ais do Apocalipse. 10 É por essa razão que os Espíritos do bem e da sabedoria buscam a América para continuação da tarefa sagrada e, muito particularmente, o Brasil, dentro da sua incontestável missão de difundir o Evangelho pelo mundo, de modo a edificar-se o homem do futuro nas mais consoladoras verdades celestiais. 11 E faz-se preciso notar que para um esforço dessa natureza o Plano invisível não requisitou as forças que o servem ostensivamente — clamou ao testemunho o missionário despreocupado dos fenômenos para a demonstração da essência dos ensinos, buscando-o nos templos de outra ordem, onde a verdade relativa se há fechado, muita vez, na sombra do dogmatismo, pelas imposições do sacerdócio que, em todos os tempos, eliminou as mais belas florações do profetismo.
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Associamo-nos às vossas alegrias recebendo essa dádiva de confortadoras e decisivas revelações que se destinam à demonstração da linha sagrada e universalista do progresso do mundo sob o olhar misericordioso daquele cujas palavras são amor e vida, e jamais passarão.
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Fazendo a nossa reverência espiritual aos elevados mentores que inspiraram esse esforço, desejamo-vos a paz de Deus, esperando que a Sua bênção de amor conforte as nossas almas e esclareça os nossos corações,
Emmanuel
Reformador — Janeiro de 1940. n
[1] Mensagem psicografada na presença do vice-presidente da FEB à época, Manuel Quintão, no dia 2 de janeiro de 1940, na qual Emmanuel menciona e confirma os conceitos da obra “As quatro Babilônias”, psicografia de um ilustre engenheiro paulista sob o pseudônimo de Marius Coeli, livro editado pela Revista dos Tribunais em 1939 [download do livro em Pdf]. Posteriormente, a mensagem foi reproduzida em Reformador, de fevereiro de 1979.