1 Meu amigo e meu irmão que Deus, na Sua infinita misericórdia, acalente o teu coração generoso no Seu amor infinito.
2 Sei, filho, da profunda tristeza e do amargo abatimento moral que te vem pungindo nas estradas ásperas da existência material.
3 Mas eis aqui, meu irmão, a tua filhinha! Não a veem os teus olhos? Ah, não! Porém, os olhos da alma, a visão psíquica percebem-lhe a presença. Tua filhinha é feliz, profundamente venturosa, e eu a trouxe aqui comigo, como irmãzinha bem-amada! Não te lembras da sua privilegiada inteligência, dos seus sentimentos elevados, que em tão tenros anos manifestavam a sua evolução espiritual?
4 A tua filhinha, meu amigo, era de Deus primeiramente! Os pais da Terra são zeladores, sem ser criadores. Deus te confiou uma pérola, que ao fim de certo tempo teria de ser devolvida ao Seu cofre! Mas Deus é bondade e misericórdia! Vence os teus instantes de emotividade amargosa e prossegue na luta trabalhando e confiando! 5 A nossa irmãzinha te abraça e pede a tua bênção, enviando também um beijo para a sua mãezinha Madalena.
Antes, porém, de regressarmos, quero ajudá-la a escrever umas linhas. Ora, meu irmão, estuda e, sobretudo, confia! Guarda a tua esperança em Deus, que é pai amoroso de todos nós! n
Emmanuel
Reformador — 16 de agosto de 1936.
[1] A mensagem de Emmanuel foi psicografada por Chico Xavier em Pedro Leopoldo, provavelmente no Centro Espírita Luiz Gonzaga ou durante o culto do Evangelho do Grupo Doméstico Arthur Joviano, realizado todas as quartas-feiras na residência da família Joviano na Fazenda Modelo, de 1934 a 1952, pelo que podemos depreender do artigo de Reformador de 16 de agosto de 1936, no qual o articulista cita os nomes dos integrantes do referido grupo. Rômulo Joviano, Maria Amorim Joviano, Júlia Pêgo de Amorim, Fausto Joviano, além de Edison Cavalcante Maia, Tte. José Rodrigues Lelles e Paulo de Deus Moretzon Monteiro de Barros, pai da menina de quem Emmanuel trata na mensagem, são os nomes apostos na correspondência enviada para publicação, autenticando a veracidade das psicografias. Nessa carta, o Sr. Dr. Paulo de Deus comenta a fidedignidade das informações que os Espíritos de Emmanuel e da filha Eleonora fornecem em suas comunicações, ressaltando o desconhecimento do médium, Xavier do ocorrido com a sua filha, e com a sua família, desde a desencarnação da jovem menina.
