O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Poetas redivivos — Autores diversos


50 n

O enjeitado

1 Mulher moça abandona, em grande pátio imundo,
O filhinho que, em vão, lhe dera a vida ao seio;
Depois, vende prazer, comprando, a bolso alheio.
A posição faustosa, e o renome infecundo.


2 Corre o tempo… Mais tarde, aos empuxões do mundo,
Certa noite, ela aguarda alguém para recreio…
Entra um jovem ladrão, abre-lhe o cofre cheio,
A dama roga auxílio e agarra o vagabundo…


3 Ele brande o punhal e o sangue se lhe verte…
Agonizante, fita — embora o corpo inerte —
O rapaz que lhe furta as joias do peitilho;


4 Súbito, encontra nele o enjeitado de outrora,
E, tarde, a pobre mãe debalde grita e chora:
— “Perdoa-me, Senhor!… Não me mates, meu filho!…”


Narcisa Amália


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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