1 Prometeu ( † ) algemado à cruz das dores,
Bendize, em pranto, a divinal sentença
Que te guarda no mundo a alma suspensa,
Entre abismos, angústias e pavores.
2 Na treva dos gemidos remissores,
Abre o sacrário virginal da crença
E fita a vastidão divina e imensa,
Estrelada de sonhos e esplendores.
3 Do céu que buscas torturado e crente,
Desce a esperança milagrosamente
Por níveo anjo sobre a estranha grade.
4 E encontrarás chorando de alegria,
Além da noite dolorosa e fria,
O caminho da Eterna Liberdade.
Cruz e Souza
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