O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Poetas redivivos — Autores diversos


23 n

Diante da Terra

1 Fugindo embora à paz de eternos dons divinos,
Sem furtar-se, porém, à luta que aprimora,
O homem é o semeador dos seus próprios destinos,
Ave triste da noite, esquivando-se à aurora…


2 Em derredor da Terra, estrelas cantam hinos,
Glorificando a luz onde a Verdade mora,
Mas no Plano da carne os impulsos tigrinos
Fazem a ostentação da miséria que chora!


3 Necessário vencer nos vórtices medonhos,
Santificar a dor, as lágrimas e os sonhos,
Do inferno atravessar o abismo ígneo e fundo.


4 Para ver a extensão da noite estranha e densa,
Que os servos da maldade e os filhos da descrença
Estenderam, sem Deus, sobre a fronte do mundo!…


Edmundo Xavier de Barros



NOTA — Os lindos sonetos acima [capítulo anterior e o presente,] foram recebidos numa reunião íntima só do médium com o nosso companheiro de redação Ismael Gomes Braga, em escrita inteiramente mecânica, com letras enormes. Notamos que o nome nos era inteiramente desconhecido entre os poetas de língua portuguesa e perguntamos ao Espírito onde poderíamos obter informes a seu respeito. Respondeu-nos: “Nos registos do Exército brasileiro por volta de 1899; porque fui oficial.”

Em nenhuma enciclopédia encontramos o nome, mas, por intermédio de um oficial, recebemos os seguintes dados: “Capitão da Arma de Cavalaria, Edmundo Francisco Xavier de Barros, filho de Pacífico Antônio Xavier de Barros, nascido em 1861, no Estado de Goiás: Assentou praça voluntariamente no 2º Regimento de Artilharia a Cavalo, em 15 de outubro de 1877. Alferes a 4 de janeiro de 1890. 1º Tenente a 12 de janeiro de 1893. Capitão a 18 de outubro de 1901. Faleceu no serviço ativo, em 17 de janeiro de 1905”.

Por enquanto nenhum outro dado possuímos sobre o poeta invisível. Não sabemos se deixou obras literárias, se era conhecido como poeta. — (Nota de Reformador 1947, página 294.)


Essa mensagem foi também publicada pela FEB e é a 2ª do 27º capítulo do livro “Parnaso de Além-Túmulo.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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