O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Pão nosso — Emmanuel


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Velho argumento

“E aduzindo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: — Estás louco, Paulo; as muitas letras te fazem delirar.” — (ATOS, 26.24)


1 É muito comum lançarem aos discípulos do Evangelho a falsa acusação de loucos, que lhes é imputada pelos círculos cientificistas do século.

2 O argumento é velhíssimo por parte de quantos pretendem fugir à verdade, complacentes com os próprios erros.

3 Há trabalhadores que perdem valioso tempo, lamentando que a multidão os classifique como desequilibrados. Isto não constitui razão para contendas estéreis.

4 Muitas vezes, o próprio Mestre foi interpretado por demente e os apóstolos não receberam outra definição.

5 Numa das últimas defesas, vemos o valoroso amigo da gentilidade, ante a Corte Provincial de Cesareia, proclamando as verdades imortais do Cristo Jesus. 6 A assembleia toca-se de imenso assombro. Aquela palavra franca e nobre estarrece os ouvintes. 7 É aí que Pórcio Festo, na qualidade de chefe dos convidados, delibera quebrar a vibração de espanto que domina o ambiente. Antes, porém, de faze-lo, o argucioso romano considerou que seria preciso justificar-se em bases sólidas. 8 Como acusar, no entanto, o grande convertido de Damasco, se ele, Festo, lhe conhecia o caráter íntegro, a sincera humildade, a paciência sublime e o ardoroso espírito de sacrifício? 9 Lembra-se, então, das “muitas letras” e Paulo é chamado louco pela ciência divina de que dava testemunho.

10 Recorda, pois, o abnegado batalhador e não dispenses apreço às falsas considerações de quantos te provoquem ao abandono da verdade. O mal é incompatível com o bem e por “poucas letras” ou por “muitas”, desde que te alistes entre os aprendizes de Jesus, não te faltará o mundo inferior com o sarcasmo e a perseguição.


Emmanuel


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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