“Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence!” — Jesus. (LUCAS, 19.42)
1 A exclamação de Jesus, junto de Jerusalém, aplica-se muito mais ao coração do homem — templo vivo do Senhor — que à cidade de ordem material, destinada à ruína e à desagregação nos setores da experiência.
2 Imaginemos o que seria o mundo, se cada criatura conhecesse o que lhe pertence à paz íntima.
3 Em virtude da quase geral desatenção a esse imperativo da vida, é que os homens se empenham em dolorosos atritos, provocando escabrosos débitos.
4 Atentemos para a assertiva do Mestre — “ao menos neste teu dia.”
5 Estas palavras convidam-nos a pensar na oportunidade de serviço de que dispomos presentemente e a refletir nos séculos que perdemos; compelem-nos a meditar quanto ao ensejo de trabalho, sempre aberto aos espíritos diligentes.
6 O homem encarnado dispõe dum tempo glorioso que é provisoriamente dele, que lhe foi proporcionado pelo Altíssimo em favor de sua própria renovação.
7 Necessário é que cada um conheça o que lhe toca à tranquilidade individual. Guarde cada homem digna atitude de compreensão dos deveres próprios e os fantasmas da inquietude estarão afastados. 8 Cuide cada pessoa do que se lhe refira à conta particular e dois terços dos problemas sociais do mundo surgirão naturalmente resolvidos.
9 Repara as pequeninas exigências de teu círculo e atende-as, em favor de ti mesmo.
10 Não caminharás entre as estrelas, antes de trilhares as sendas humildes que te competem.
Emmanuel