“E sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.” — (TIAGO, 1.22)
1 Nunca é demasiado comentar a importância e o caráter sagrado da palavra.
2 O próprio Evangelho assevera que no princípio era o Verbo, ( † ) e quem examine atentamente a posição atual do mundo reconhecerá que todas as situações difíceis se originam do poder verbalista mal aplicado.
3 Falsos discursos enganaram indivíduos, famílias e nações. Acreditaram alguns em promessas vãs, outros em teorias falaciosas, outros, ainda, em perspectivas de liberdade sem obrigações. E raças, agrupamentos e criaturas, identificando a ilusão, atritam-se, mutuamente, procurando a paternidade das culpas.
4 Muito sangue e muita lágrima tem custado a criação do verbo humano. Impossível, por agora, computar esse preço doloroso ou determinar quanto tempo se fará necessário ao resgate preciso.
5 No turbilhão de lutas, todavia, o amigo do Cristo pode valer-se do tesouro evangélico, em proveito de sua esfera individual.
6 Cumprir a palavra do Mestre em nós é o programa divino. Sem a execução desse plano de salvação, os demais serviços sob nossa responsabilidade constituirão sublimada teologia, raciocínios brilhantes, magnífica literatura, muita admiração e respeito do campo inferior do mundo, mas nunca a realização necessária.
7 Eis o motivo pelo qual é sempre perigoso estacionar no caminho, a ouvir quem foge à realidade de nossos deveres.
Emmanuel