“Porque isto fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.” — Paulo. (HEBREUS, 7.27)
1 As criaturas humanas vão sempre bem na casa farta, ante o céu azul. Entretanto, logo surjam dificuldades, ei-las à procura de quem as substitua nos lugares de aborrecimento e dor. Muitas vezes, pagam preço elevado pela fuga e adiam indefinidamente a experiência benéfica a que foram convidadas pela mão do Senhor.
2 Em razão disso, os religiosos de todos os tempos estabelecem complicados problemas com as oferendas da fé.
3 Nos ritos primitivos não houve qualquer hesitação, perante o sacrifício de jovens e crianças.
4 Com o escoar do tempo, o homem passou à matança de ovelhas, touros e bodes nos santuários.
5 Por muitos séculos perdurou o plano de óbolos em preciosidades e riquezas destinadas aos serviços do culto.
6 Com todas essas demonstrações, porém, o homem não procura senão aliciar a simpatia exclusiva de Deus, qual se o Pai estivesse inclinado aos particularismos terrestres.
7 A maioria dos que oferecem dádivas materiais não procede assim, ante as casas da fé, por amor à obra divina, mas com o propósito deliberado de comprar o favor do Céu, eximindo-se ao trabalho de autoaperfeiçoamento.
8 Nesse sentido, contudo, o Cristo forneceu preciosa resposta aos seus tutelados do mundo. Longe de pleitear quaisquer prerrogativas, não enviou substitutos ao Calvário ou animais para sacrifício nos templos e, sim, abraçou, ele mesmo, a cruz pesada, imolando-se em favor das criaturas e dando a entender que todos os discípulos serão compelidos ao testemunho próprio, no altar da própria vida.
Emmanuel