“O Cristo, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para que o vejamos e acreditemos.” — (MARCOS, 15.32)
1 Por isso que são muito raros os homens habilitados à verdadeira compreensão da crença pura em seus valores essenciais, encontramos os que injuriaram o Cristo para confirmá-lo.
2 A mentalidade milagreira sempre nadou na superfície dos sentidos, sem atingir a zona do Espírito eterno, e, se não alcança os fins menos dignos aos quais se dirige, descamba para os desafios mordazes.
3 E, no caso do Mestre, as observações não partem somente do populacho. Assevera Marcos que os principais dos sacerdotes com os escribas partilhavam dos movimentos insultuosos, como a dizer que intelectualismo não traduz elevação espiritual.
4 Os manifestantes conservavam-se surdos para a Boa Nova do Reino, cegos para a contemplação dos benefícios recebidos, insensíveis ao toque do amor que Jesus endereçara aos corações.
5 Pretendiam apenas um espetáculo. Descesse o Cristo da Cruz, num passe de mágica, e todos os problemas de crença inferior estariam resolvidos.
6 O divino interpelado, contudo, não lhes deu outra resposta, além do silêncio, dando-lhes a entender a magnitude de seu gesto inacessível ao propósito infantil dos inquiridores.
7 Se és discípulo sincero do Evangelho, não te esqueças de que, ainda hoje, a situação não é muito diversa.
8 Trabalha, ponderadamente, no serviço da fé.
Une-te ao Senhor, dá quanto puderes em nome d’Ele e prossegue servindo na extensão do bem, convicto de que o vasto mundo inferior apenas te pedirá maliciosamente distrações e sinais.
Emmanuel