1 Senhor Jesus!
Agradecemos o teu Natal repleto de esperança e de luz que nos impele a sair de nós mesmos, ao encontro dos companheiros em necessidades maiores do que as nossas.
2 Agradecemos-te o pão que nos deste para repartir e o agasalho que nos enviaste para vestir os nossos irmãos expostos à noite.
3 Entretanto, comparecemos, diante de ti, rogando-te mais ainda…
4 Se nos permites, nós te pedimos socorro:
5 para os corações desesperados;
6 para os que se imobilizam no orgulho, perguntando se existes;
7 para os que se cristalizam na sovinice, dando ideia de que trazem unicamente um cifrão por dentro da própria alma;
8 para os que se entregam à violência, como se não tivessem de dar contas da selvageria com que arrasam a vida dos semelhantes;
9 para os que se confiam às paixões descontroladas e envenenam corações sensíveis e afetuosos, para depois atirá-los nos despenhadeiros do descrédito e do suicídio;
10 para os que se transviam na vaidade e se apresentam por donos da verdade, com o objetivo de esmagar ou confundir os outros;
11 para os que se enquistam no egoísmo da posse e se esquecem de que muitos companheiros de humanidade adoecem de fome, depois de lhes baterem inutilmente às portas do coração;
12 para os que se desequilibram na rebeldia e perturbam as fontes do trabalho;
13 para os que abusam da autoridade, pisando sobre a dor dos irmãos ainda fracos e necessitados;
14 e para todos nós, Senhor, que te buscamos, de alma e coração, conscientes de nossos próprios encargos, a fim de que não nos falte a força precisa para amar-nos uns aos outros, no serviço que nos confiaste, de modo a que, realizando as tarefas de hoje, possamos encontrar no tempo um amanhã mais feliz.
Augusto Cezar