1 Senhor Jesus!
Permite-nos rogar-te a bênção de paz e de socorro, em auxílio de muitos de nossos irmãos habitualmente esquecidos.
2 Consente-nos, Senhor, pedir-te amparo em favor dos que desprezam a vida, desvalidos de fé, acreditando erroneamente que a morte do corpo seja uma nuvem de cinza e esquecimento;
3 em apoio dos que se julgam donos exclusivos dos recursos que a tua misericórdia lhes empresta;
4 dos que foram surpreendidos pela velhice na experiência terrestre e banidos do aconchego familiar pelos próprios descendentes, desligados do amor e do reconhecimento que devemos ter no mundo aos benfeitores que nos formam a vida;
5 dos que foram deixados em casa de benemerência simplesmente por haverem nascido de corpo deformado, mudos e cegos, nas mutilações congênitas, entre as provações que só por si deveriam merecer a caridade daqueles a quem mais amam;
6 dos que são supostos milionários, por administrarem os bens do mundo, quando, na maioria das vezes, não passam de companheiros segregados em cadeias de ouro, sequiosos da paz e do amor que lhes fogem aos dias;
7 dos que renasceram no mundo com distúrbios psicológicos e que atravessam a existência marginalizados pelo sarcasmo daqueles que ignoram as leis que regem a Natureza;
8 das nossas irmãs em Humanidade que não vacilam em expulsar do próprio seio os filhinhos nascituros que, em vão, lhes suplicam acolhimento, e pelas vítimas do aborto, exterminadas sem defesa, em regime de impunidade, quase sempre entre as paredes do asilo doméstico;
9 e dos companheiros que se desesperaram por falta de paciência e se recolheram à sucata do desânimo, largando os tesouros do tempo às traças da angústia improdutiva.
10 Senhor, nós te rogamos proteção em auxílio de todos os que se desviaram do bem, no rumo do desequilíbrio e das trevas, e te suplicamos nos protejas e abençoes, agora e sempre.
Augusto Cezar