1 Quando o Evangelho vive somente
em nossa cabeça, sofremos o perigo de queda nas discussões infindáveis,
porque a intemperança mental e a vaidade sempre fazem a boa vizinhança.
2 Quando se localiza, exclusivamente, em nossos olhos, é provável desçamos da luminosa posição de companheiros para a condição de inquisidores e fiscais dos nossos melhores amigos, porquanto, é sempre mais fácil descobrir os erros alheios que surpreender os nossos.
3 Quando jaz situado simplesmente em nossos ouvidos, somos suscetíveis de perder valiosas sementeiras de fraternidade; de vez que a nossa vigilância imperfeita, sem qualquer dificuldade, se converte em suspeita.
4 Quando palpita, entretanto, em nosso coração, ( † ) o Evangelho renova-nos a vida. Brilha dentro de nós, por abençoada estrela de compreensão e misericórdia. Seus raios divinos apagam a malícia em nosso olhar, santificando-nos a audição e sublimando-nos os impulsos, intenções e motivos; elevam nossos sentimentos para o Céu, projetando-os simultaneamente na Terra, através de nossos braços, em obras genuínas de amor, fraternidade e sabedoria.
5 Quando encontrarmos o discípulo do Senhor, sem oportunidades de fixar as cicatrizes e defeitos do próximo, sem horas para guardar os tóxicos da maledicência e sem ocasião para salientar os males dos outros mantendo-se tranquilamente no santo serviço da caridade e da luz, a bem de todos, estejamos convencidos de que esse companheiro terá colocado o Testamento Redentor, no imo do peito, vivendo entre os necessitados e sofredores do caminho terrestre, na condição de abençoada lâmpada acesa que sombra alguma alcançará. [Vide lição nº 20.]
Emmanuel