1 Morre Janjão num quarto, atrás da venda…
Servira a tanta gente!… Mas, agora,
Ante a noite, o velhinho geme e chora,
Sem qualquer mão amiga que o atenda…
2 Morre lembrando o giro da moenda
E a banda musical do Mestre Amora,
Sempre batia o bombo, a qualquer hora,
Quando surgisse festa na fazenda…
3 Nisso, escuta no chão que o desconforta,
Uma valsa esquecida… Junto à porta,
Canta o conjunto antigo, em doce acento…
4 Janjão foge do corpo… Louva e anda!…
E, em breve tempo, unido à velha banda,
Toca para Jesus no firmamento!…
Cornélio Pires
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