O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

Índice |  Princípio  | Continuar

Páginas de gratidão.

Títulos de Cidadania concedidos a Francisco Cândido Xavier.

Título de Cidadão Paulistano

(São Paulo - SP. 21 de dezembro de 1973.)

Ex.mo Sr. Dr. João Brasil Vita, DD. n Presidente da Câmara Municipal de São Paulo; Ex.mos Srs. Vereadores da Egrégia Câmara Municipal de São Paulo.

Dignas Autoridades civis, militares e religiosas presentes; queridos Amigos de São Paulo.

De início, desejo fixar a minha imensa gratidão, pelo acolhimento da augusta Câmara Municipal de São Paulo à nossa presença humilde, à generosidade da Comunidade Paulistana, comparecendo a esta solenidade e à saudação, imerecida para mim, formulada pelo digno vereador Dr. Celso Matsuda, que me ecoou nos recessos do espírito.

A Câmara Municipal de São Paulo, atendendo à generosa propositura do Ex.mo Senhor Vereador Oswaldo Giraldes, a quem sou profundamente reconhecido, pelo Decreto Legislativo nº 8/72, de dezembro do ano findo, outorgou-me a honrosa Cidadania Paulistana, e aqui estou para agradecer.

Quase que traumatizado de alegria diante da vossa grandeza de sentimento, debalde procuro, em meu estreito vocabulário, as palavras suscetíveis de me configurarem o reconhecimento. Em verdade, não as encontro.

Entendo, no entanto, que o Criador a nenhuma criatura deixa órfã e, se em matéria de comunicação, destinou o verbo claro e luminoso para as inteligências mais cultas, terá reservado a emoção espontânea e simples para aquelas outras que ainda não conseguiram realizar o seu próprio burilamento, entre as quais se encontra este vosso obscuro servidor.

Falo-vos assim unicamente com as forças do coração.

Relevai o desvalimento cultural e total com que compareço perante a vossa ilimitada bondade, mas é forçoso que me disponha a vasculhar o meu próprio íntimo para reconhecer que não mereço o elevado troféu que me atribuís. Efetivamente, nada fiz para conquistá-lo.

Compreendo, porém, que desejando manifestar o vosso apreço com a Doutrina Espírita, que amplia atualmente os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, em dimensões mais elevadas, quisestes demonstrar, mais uma vez, a vossa magnanimidade, trazendo a mim até aqui.

A mim, o último dos últimos servidores das atividades espíritas evangélicas, a fim de recolher a nobre honraria de que toda a comunidade espírita-cristã da grande São Paulo se faz credora.

Pequenino servidor vosso, aqui me vejo para receber a elevada concessão, entretanto cabe-me transferi-la simbolicamente a todos os orientadores e companheiros das tarefas espíritas evangélicas na capital bandeirante, das quais a nossa muito digna União Social Espírita do Estado de São Paulo e a nossa muito digna Federação Espírita do Estado de São Paulo são as nossas mais altas expressões.

A elas, as magnas instituições que nos reúnem, as homenagens deste momento pelo muito que realizam em auxílio da nossa vida comunitária, compreendendo-se, outrossim, que semelhante distinção, qual a desta hora, significa respeito e bênção da Cidade de São Paulo para com a Doutrina codificada por Allan Kardec à luz dos Evangelhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, traduzindo por isso júbilo e responsabilidade para nós todos.

Embora assinalando a minha desvalia integral, recebo, na condição de zelador, o Diploma que a vossa generosidade me coloca nas mãos, por alto e benemérito instrumento de crédito que, rogo a Deus, me faça digno de merecer.

E rogo o consentimento da Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, aqui presente, para valer-me desta oportunidade, a fim de agradecer a todos vós, amigos queridos de São Paulo, os quatro decênios de carinho e abnegação que me tendes dado.

Desde 1932, quando os nossos Benfeitores Espirituais lançaram o primeiro livro de mensagens, por intermédio de minhas pobres mãos, tendes sido, em meu caminho, apoio, estímulo ao trabalho, compreensão e devotamento.

Desde Pedro Leopoldo, a cidade prestigiosa e maternal, que me deu o berço e que me ensinou a amar-vos e a respeitar-vos profundamente, até Uberaba, a cidade progressista e magnânima, que me abençoa por filho e me proporcionou o honroso acesso à vossa grandeza e à vossa benemerência, sois, em minha estrada, guardiães de minha coragem e força de que me alimento para a execução da tarefa que o Senhor, por acréscimo de misericórdia, me vem incumbindo, através daqueles que se lhe fazem mensageiros da Infinita Bondade.

Quanto vos devo, só Deus sabe. E, para aumentar a importância de meu débito para convosco, apoiastes a Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, para que este vosso servidor reconhecido viesse até aqui tentar retribuir-vos a confiança.

Edificado em vossa magnanimidade, peço-vos para que nos unamos todos, igualmente, nesta hora inolvidável, a fim de felicitarmos a muito digna Edilidade Paulistana, pela passagem do seu 413º aniversário, neste mês de maio.
(Palmas)


Ao ensejo, rogo-vos permissão para reportar-me, ainda que superficialmente, aos seus fundamentos místicos. n

Conta-se que ao celebrar a primeira missa, na manhã de 29 de agosto de 1553, no Alto do Inhapuambuçu, hoje Pátio do Colégio, ( † ) nesta Capital, o eminente Padre Dr. Manuel da Nóbrega, fundador de São Paulo, considerada presentemente a cidade mais importante do Hemisfério Sul, foi visitado pelo Apóstolo São Paulo, que lhe apareceu nimbado de intensa luz.

Redivivo, o amigo da gentilidade apontou-lhe as campinas circunjacentes e lhe pediu fundasse, no Planalto Piratiningano, uma cidade em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se estabelecesse sobre as quatro colunas básicas do Cristianismo: amor e fé, trabalho e instrução.

Desde esse dia, entre o Tamanduateí e o Anhangabaú, Padre Nobrega dá-se pressa na fundação inicial do Real Colégio de Piratininga, distribuindo encargos e responsabilidades entre os companheiros inesquecíveis, dentre os quais o nosso admirável Apóstolo José de Anchieta nas atividades do magistério, incumbindo-se das lições de Humanidades.

Manuel da Nóbrega, impressionado, medita na elevação com que fora distinguido e recorda o encontro de Jesus com o mesmo apóstolo São Paulo às portas de Damasco, nos dias do Cristianismo primitivo.

E delibera inaugurar as obras do Real Colégio de Piratininga na data que relembra a conversão do notável Doutor de Tarso, 25 de janeiro, o que sucede a 25 de janeiro de 1554, com o estabelecimento definitivo da grande instituição.

Atento ainda à divina mensagem de que se fizera objeto, no dia mencionado, Nóbrega entrega o ofício da missa ao Reverendo Padre Manuel de Paiva e designa Anchieta para que desempenhe as funções de acólito na grande solenidade, e ele mesmo ora na expectativa de visões novas que lhe trouxessem mais amplos esclarecimentos.

Entretanto, ao invés de novas revelações, obtém na oração renovadas energias, para trabalhar e trabalhar cada vez mais na consolidação da obra nascente.

A cidade de São Paulo surgia, desse modo, ao calor da prece, entre o artesanato e o altar, no clima de fraternidade que Jesus nos legou em bases de amor ao próximo e respeito recíproco, o único realmente capaz de assegurar-nos a ordem e a tranquilidade na sustentação do trabalho e no alicerce das instituições que nos garantem a felicidade e o progresso.

Desdobra-se o Padre Manuel da Nóbrega em esforços múltiplos pelo engrandecimento e prosperidade da Vila, em berçário de educação e serviço, paz e luz. Informado, mais tarde, de que a Câmara Municipal de Santo André da Borda do Campo passava enormes dificuldades para sobreviver, recorre ao Governador Mem de Sá, ( † ) então na Bahia, solicitando a ele a mudança da Municipalidade para a Vila de São Paulo.

Obtida a concessão, Nóbrega, que consagrara o Real Colégio de Piratininga ao Apóstolo São Paulo, recorda a Excelsa Maria de Nazaré, que todos veneramos por Nossa Mãe Santíssima na Cristandade, por haver trazido até nós a sublime presença de Jesus, e que ele escolhera para medianeira e protetora em sua vida apostólica, resolvendo invocar-lhe o amparo e a bênção para a Comunidade Paulistana.

Escolhe, por isso, a data de 8 de maio de 1560, dia em que toda a Cristandade recorda a Anunciação Angélica, para a transferência da muito digna Câmara Municipal de Santo André da Borda do Campo para a Vila de São Paulo.

A ocorrência se inicia com absoluto respeito. Acompanhado por numerosos portugueses e brasilíndios, Manoel da Nóbrega deixa a comunidade de Santo André da Borda do Campo, pela madrugada, carregando os documentos históricos da transferência sob a custódia da oração.

É um préstito religioso que se efetua de uma cidade para outra. Alcançando o destino, celebra-se missa, na manhã alta.

Impressionado com o que vira, o grande sertanista João Ramalho, ( † ) Vereador muito digno da Primeira Câmara Municipal de São Paulo, indaga de Nóbrega quanto aos motivos de tantas cerimônias religiosas.

E o inesquecível sacerdote e jurista das nossas primeiras fundações respondeu que a Câmara Municipal de São Paulo estava nascendo nas terras de Santa Cruz, para ser refúgio e fortaleza de Deus.

Impregnada de Deus, esta Câmara Municipal garantiu a construção dos alicerces da Nacionalidade desde quando se fez representada por Nóbrega e Anchieta na formação do Primeiro Tratado de Paz das Américas, nos entendimentos de Iperoig, preservando o tesouro genético que lastrearia as gerações do Brasil cristão de hoje, e mantendo a integridade do território brasileiro até a fundação da Real cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.

Tanto quanto desde a organização das Bandeiras, com que plantou a Civilização Cristã nas vastidões do País até 28 de setembro de 1822, quando a Edilidade Paulistana, por documentação incontestável, sustentou o espírito democrático de nossas instituições, garantindo as liberdades religiosas e sociais da Cristandade no Brasil.

E, ainda agora, a Egrégia Câmara Municipal de São Paulo está presente em todas as realizações de vanguarda que impliquem o progresso e a prosperidade em que Deus nos reúne.

O mês de maio é o mês das mais significativas lembranças do Legislativo Paulistano.

Peço, porém o vosso consentimento para dizer que maio é, igualmente, na atualidade, o mês das Mães.

E rogo permissão ao Ex.mo Senhor Dr. João Brasil Vita e aos seus dignos Pares, na Egrégia Edilidade Paulistana, para homenagear, nesta data, a primeira e inesquecível mãe paulistana que zelou pela Municipalidade desta Capital.

Aquela que enfeitava o Paço Municipal do Real Colégio de Piratininga com as suas orações e com as flores de nossas campinas, e que amou a Câmara Municipal de São Paulo com enternecimento materno.

Referimo-nos à Dona Isabel Ramalho, nascida Bartira ( † ) (palmas), filha de Tibiriçá ( † ) e segunda esposa de João Ramalho, o grande desbravador, a cuja memória endereçamos os nossos melhores pensamentos de apreço e gratidão.

Reverenciando o nome daquela que se erigiu em benfeitora maternal do Legislativo Paulistano, em seus primórdios, peço consentimento deste respeitado Legislativo para homenagear, nesta hora, com o nosso agradecimento a todas as senhoras mães paulistas e paulistanas, a todas as mães brasileiras aqui reunidas.
(Palmas)


Das senhoras e senhoritas espíritas-cristãs de minha intimidade, que se levantam por verdadeiros esteios de proteção da nossa vida comunitária e que abraçam a maternidade espiritual, junto de todos os nossos irmãos em dificuldades maiores do que as nossas, senhoras e senhoritas vinculadas à generosidade paulistana, rogo vênia para lembrar aqui os nomes das excelentíssimas senhoras:

D. Luíza Gonçalves Pereira, D. Oslávia Leonis, D. Cecília Pinheiro, D. Maria Eunice Lucchesi, D. Encarnação Blasques Galves, Dra. Marlene Severino Nobre, Senhorita Rute Pitombo, Senhorita Dra. Isolda Dias, D. Lucy Sandall Andrade e D. Maria Augusta Puhlmann e sua querida filha D. Nancy Puhlmann Di Girolamo, D. Guiomar Albanési, D. Judite Figueiredo, D. Maria Janoni, D. Doca Sica e D. Maria Feola e tantas outras que o tempo não nos permite enumerar.
(Aplausos)


Entretanto, homenageamos ainda, e com a nossa maior veneração, admiráveis mães paulistanas, vinculadas a outras respeitáveis províncias religiosas, mentoras e benfeitoras da vida social em São Paulo, cujos nomes peço licença para pronunciar com o máximo apreço, quais sejam as Ex.mas Senhoras:

Dona Leonor Mendes de Barros, que tantas vezes manda abrigar ou agasalhar, nas noites frias, os necessitados itinerantes que acorrem à Cidade de São Paulo buscando assistência, a fim de que não adoeçam ou pereçam diante da intempérie. (Palmas)

Dona Erna Belian Wenisdorf, organizadora emérita de trabalho e proteção para milhares de criaturas.

Dona Carmen Prudente, que se transformou em anjo redentor de nossos irmãos cancerosos.

Dona Alda Moreira Strassula, benfeitora incansável dos necessitados e dos nossos irmãos excepcionais.

A Irmã Maria Luíza de Marilac, coração aberto ao socorro de quantos lhe recorrem às virtudes. E Dona Zilda Natel, a Ex.ma Esposa do Ex.mo Sr. Dr. Laudo Natel, digno Governador do Estado de São Paulo, que desde muito se erigiu em jovem Mãe Espiritual dos sofredores, amparando e abençoando não apenas crianças, mas também transfigurando criaturas inválidas em homens e senhoras úteis à nossa vida social.
(Aplausos)


Peço-vos ainda permissão para recordar com enternecida reverência, grande dama do Estado de São Paulo, do Brasil e do mundo, dama ilustre e digna, cuja presença procuro ansiosamente neste recinto.

Este Ginásio, que guarda o nome de um dos mais ilustres cidadãos de São Paulo, o Sr. Dr. Paulo Machado de Carvalho (palmas), e para o qual a Egrégia Câmara Municipal de São Paulo generosamente se transferiu para esta solenidade, tem as portas voltadas para a Rua com que a Capital Bandeirante homenageia a cidade de nascimento de minha benfeitora Rua Capivari! Capivari é o berço de Dona Tarsila do Amaral, ( † ) de quem me lembro nesta hora com o meu mais respeitoso sentimento.
(Palmas)


Se ela estivesse neste mundo, decerto recusaria esta homenagem, mas Dona Tarsila do Amaral não mais se encontra entre nós.

Ela me prometeu que estaria nesta solenidade, em sua cadeira de rodas. Visitei-a no dia 22 de dezembro passado, no Hospital da Beneficência Portuguesa, dois dias depois do Decreto Legislativo que me proporcionou a honra de vir receber o Diploma desta digna Edilidade para a comunidade espírita evangélica de São Paulo.

Entretanto, nos primeiros dias de janeiro findo, a vontade do Senhor transferiu-a para a Espiritualidade Maior.

Ela, grande dama católica, aceitava a minha amizade de espírita e de médium espírita com bondade inesquecível, sem questionar as minhas convicções.

Orava em cores, produzindo telas que não são apenas o encanto e a riqueza do Brasil e do Mundo. Mas, igualmente a base do câmbio de amor com que Dona Tarsila do Amaral convertia as suas criações artísticas, na pintura, no desenho, na imagem e na escultura, em pão e agasalho para os nossos irmãos em Humanidade, erguendo-os da penúria para a dignidade do trabalho e da vida.

Embaixatriz de nossa cultura, várias vezes, em países de outros continentes, Dona Tarsila do Amaral sabia inclinar-se em favor dos pequeninos, doando-lhes grandeza e bondade, amparo e coração.

Conversava com este vosso obscuro servidor, com respeito às nossas crianças e enfermos necessitados, com a mesma generosidade e atenção com as quais se entretinha junto de amigos íntimos, em torno de respeitáveis personalidades do Brasil Contemporâneo, quais sejam Dona Olivia Guedes Penteado, ( † ) Dona Anita Malfatti, ( † ) Brecheret ( † ) ou Mário de Andrade. ( † )

Dona Tarsila do Amaral, trabalhando infatigavelmente numa cadeira de rodas, muitas vezes me erguia o espírito, renovando-me as forças para trabalhar.

Católica fervorosa, acreditava, tanto quanto eu, que Jesus é o Senhor de nós todos; que a Ressurreição do Divino Mestre é sublime herança de todos os cristãos; que os gênios do Brasil não estão mortos; que os inolvidáveis fundadores da civilização paulista e brasileira estão vivos em outras condições de imortalidade, cooperando em nosso favor.

Ela acreditava, tanto quanto eu, que eles — os pioneiros de Jesus Cristo na terra abençoada que nos concede o privilégio de viver e servir, entregando o melhor de nós mesmos para a vitória do Bem — nos auxiliarão a humanizar a Tecnologia do mundo moderno, a conservar a nossa fé cristã, as nossas tradições e os nossos lares e a preservar os nossos Templos, sejam quais forem as nossas confissões de fé viva, desde que Jesus brilhe em nosso campo de pensamentos e emoções.

Dona Tarsila do Amaral admitia, tanto quanto nós, que a violência e o ódio nada edificam, que podemos caminhar com as mãos de Jesus e com a paz de Jesus para as vanguardas do progresso.
(Palmas)


Nesta hora, penso em Dona Tarsila do Amaral, com o mesmo fervor de ternura e respeito com que penso no Espírito de minha mãe, no Espírito de minha mãe que está presente, que me abençoa e a quem peço também para abençoar-vos.
(Palmas)


Guardo a certeza de que Dona Tarsila do Amaral não está entre as nossas relíquias marmorizadas do Consolação, ( † ) onde vou e irei sempre reverenciar-lhe a memória.

Ela estará conosco, por luz de nossos caminhos e inspiração de nossa marcha em demanda ao porvir, com Jesus e por Jesus.

E porque as lágrimas me banham as palavras, renovo os meus agradecimentos à Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, na digna pessoa do seu digno Presidente, Dr. João Brasil Vita.

E, na presença muito digna de todos os senhores vereadores da Edilidade Paulistana e de todas as dignas autoridades aqui reunidas, agradeço a consideração e a distinção com que o Ex.mo Sr. Presidente da Câmara Municipal de São Paulo e os Excelentíssimos Senhores Edis do Legislativo Paulistano me tratam nesta hora, como sempre me trataram.

Agradeço a presença de todos os amigos que vieram compartilhar de minha alegria, da nossa alegria, neste ápice de minhas responsabilidades.

Agradeço a Pedro Leopoldo o privilégio de haver nascido entre os meus conterrâneos, que me ensinaram desde cedo a amar o trabalho e a religião.

Agradeço a Uberaba a hospitalidade e o carinho, a benemerência e a generosidade com que me acolhe desde muito tempo, sem que eu lhe possa retribuir em coisa alguma, senão com as minhas preces, nas quais rogo a Deus por sua felicidade e progresso.

Agradeço ao nosso distinto e muito digno Vereador Dr. Celso Matsuda pela saudação carinhosa e enaltecedora, conquanto imerecida por mim.

Agradeço a presença dos nossos caros amigos do Rio de Janeiro, de Brasília, de Belo Horizonte, de todas as cidades do país, aqui representadas.

E peço a todos a devida permissão para abraçar, com muito respeito, na Egrégia Câmara Municipal de São Paulo, toda a benemérita e ilustre capital de São Paulo, com todos os seus representantes, com todos os seus templos religiosos, instituições históricas e culturais, indústrias, conquistas, patrimônios, valores e dignidades, com tudo de grande e belo, sublime e nobre, elevado e útil que São Paulo representa em favor de nós todos na grandeza do Brasil.

Por fim, rogo a todos a devida licença para agradecer a toda a Cidade de São Paulo, e saudá-la com o respeito máximo e com o maior reconhecimento à São Paulo, onde todos nós, os filhos de todos os estados do País, filhos de todos os recantos da terra, que Deus nos concedeu, sentimos o orgulho feliz de ser brasileiros.

Que Deus a todos nos abençoe.
(Palmas prolongadas)


Caio Ramacciotti

Organizador   



[1] D.D. = Digníssimo.

[2] Vide: Mensagem de Maria Philomena Aluotto Berutto (Neném Aluotto) por ocasião do 450º aniversário da cidade de São Paulo.


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

Abrir