1 Como observar a atitude daqueles que desistem das atividades espíritas, depois de esposarem tarefas doutrinárias?
2 Evidentemente, a livre escolha nos comanda as decisões em todas as áreas do pensamento, entretanto, é forçoso anotar que o abandono dos compromissos, ante o Cristo de Deus, é sempre lamentável, porque, se no campo das bênçãos que nos felicitam, aparecem dificuldades a superar, esses mesmos obstáculos serão muito maiores noutros climas.
3 Sofres injúria e sarcasmo, ao lado de amigos que te compartilham a fé e te alentam as forças, mas se foges deliberadamente ao convívio deles, padecerás semelhantes provações muito mais intensivamente, à distância desses companheiros e benfeitores de cuja proteção te demites.
4 Arrostas tentações na seara do bem que te ampara contra os arrastamentos ao mal, no entanto, se desertas do encargo que te coube na obra de apoio aos semelhantes, exporás o coração em deplorável temeridade ao ataque das trevas, já que te retiras da cobertura espiritual que te garante a segurança possível.
5 Se nos aborrecemos com a disciplina humana, o que seremos nós, desde que nos reconhecemos todos ainda longe das qualidades angélicas?
6 Se abolimos a prece na vivência cotidiana, como harmonizar as energias da própria alma, a fim de compreender a vida, no tumulto das experiências menos felizes?
7 Provavelmente estaremos atravessando crises e empeços nos caminhos da luz, mas se nos ausentamos voluntariamente da luz para acomodar-nos com a sombra, decerto que a nossa situação, em qualquer terreno, se fará pior.
Emmanuel