|
1 A sua pergunta é clara,
Meu caro Altino Segundo:
De que modo sinto aqui
Os sofrimentos do mundo?
2 Recorde você: a morte
Nenhum prodígio me traz,
Desencarnado me vejo
O mesmo pobre rapaz.
3 Sondo a imensa luta humana…
Será ela a dor dos povos,
No parto longo e difícil
Dos sonhados tempos novos?
4 Em toda parte, é a pressão
Da chamada “guerra fria”
E a violência lembrando
Treva densa que se amplia…
5 Adultos desesperados,
Delinquência juvenil
E o tóxico caminhando
De forma oculta e sutil.
6 As mortes por acidentes
Sejam na Terra ou no Ar,
Pelos irmãos que nos chegam
Ninguém consegue contar.
7 Anoto as calamidades:
Terremotos e vulcões,
Ciclones e tempestades,
Abortos e provações.
8 A dor é a justa resposta
Do que já se fez de mal
E o problema nos atinge
Na Vida Espiritual.
9 Você não queira “morrer”
Na ideia de descansar,
Serviço aqui onde estamos
É pedreira de amargar
Jair Presente
|