O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Presença de Chico Xavier — Depoimentos diversos / Mensagens familiares


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Nova mensagem de Dráusio à sua genitora n

1 Mãe do coração.
Deus nos abençoe e nos sustente, ao mesmo tempo que peço que o seu carinho e o amor de meu pai me abençoem.

2 A senhora, mãezinha, espera por nosso Diógenes, no entanto sou ainda aquele companheiro que lhe fala, através da escrita.
Somos ambos filhos e sei que a sua ternura é igual para nós dois.

3 Acontece, porém, que o nosso Diógenes, como sabe, vem passando por experiências e readaptações no educandário que a senhora tem visitado, fora do carro físico, em nossa companhia. A escola espiritual que nos ensina concórdia e fraternidade.

4 Não se surpreenda. Estamos em Plano fronteiro à Terra mesmo. Continuação do mundo material, se posso dizer assim.

5 Tudo, mãezinha, tem preço. Tudo no terreno do bem exige sementeira do bem. Desse modo, o progresso no campo da cultura obedece aos mesmos princípios.

6 Seus filhos não moram longe. Estamos tão perto que posso afirmar “sempre juntos”. Estamos acompanhando seus passos na fase nova. O tempo novo que a desencarnação nos abriu.

7 Fale sim. Fale da vida que não morre, do amor que não se extingue. Explique aos que choram que não há lágrimas sem consolo.

8 Mas quando nos expressarmos em torno dessas verdades, não nos refiramos, mãezinha, a méritos que não temos ainda.
Reportemo-nos à misericórdia de Deus que nos acoberta. É pela misericórdia do Céu que nos reencontramos. Por isso não nos esqueçamos de semelhante declaração.

9 Existem mães que deploram filhos aparentemente perdidos nos turbilhões da morte e filhos que se desesperam por mães que a morte arrebatou do ninho caseiro. Tanta dor nos rodeia que seria egoísmo descansar à distância do vale imenso de trevas, em que nossos irmãos se debatem.

10 A senhora tem recebido lições novas. São aulas singelas de nossa escola — o instituto de ensino onde seus filhos se recuperam.

11 Como sabe, estamos ainda unidos os três: Diógenes, o nosso Missionário e eu. Não podia ser de outro modo.

12 Entretanto, os laços de ordem familiar criam lutas enormes que o nosso Carlinhos, apenas a pouco e pouco poderá superar.
Ajude-o sempre com as suas preces e pensamentos.

13 Com respeito ao paizinho, o nosso companheiro fiel de todas as horas, não diga que ele é descrente. Ele sabe sim que somos eternos e nunca se acomodou à ideia de nossa separação para sempre. O que há mãezinha nele, é dor — dor profunda. Sofrimento de que o homem nem sempre consegue a devida força para afastar. 14 Meu pai é nosso amigo, nosso herói de todos os dias e vejo-a como uma flor de luz vinculada à presença dele, qual se nele encontrássemos o tronco benfazejo para entretecer nosso ninho. Basta que ele nos dê apoio a fim de plantar a verdade, plantando a esperança e ter-nos-á dado o melhor.

15 Em Lindoia estivemos a cooperar para que se lhe restaurassem as energias e com o auxílio de nossa Irmã Angélica muito foi obtido em nosso favor. Quando possível voltem até lá. Junto às águas tranquilas refará ele a saúde total, conforme aguardamos.

16 Quanto ao mais, querida mãezinha, auxiliemos nossa Cristina para a libertação necessária. Para mim, a noiva de ontem é hoje uma irmã, quase uma filha, pelo enternecimento como que lhe recebo as doces recordações. Cristina está moça, mãezinha, muito moça e um lar será para ela um santuário de paz. Ela será sempre ela mesma.

17 O ciúme seria agora uma sombra, ou aliás, é sempre uma sombra.

18 As ligações na Terra são como os frascos diferentes na forma, no entanto o amor a erigir-se como sendo o perfume da vida, é o mesmo em qualquer parte. 19 Aqui aprendemos que todos estamos interligados perante Deus e só se expressa na vida o amor verdadeiro, quando fazemos com o nosso amor a felicidade dos corações que amamos.

20 Amar é dar-se. Dar-se na compreensão, no serviço, na alegria, na paz. Estou, mãezinha, mais feliz hoje que entendo melhor semelhantes assuntos.

21 E agora, paro aqui.
A noite é bela. As orações me parecem estrelas e a palavra do Evangelho me atinge o coração por música da verdade que o Cristo nos deu.

22 Despeço-me assim, contente e reconhecido.

23 Não nos afastaremos uns dos outros. Estarei com a senhora, mãe do meu coração, e com meu querido pai, no Lar Maior, cuja entrada sublime tem o nome de caridade. Auxiliando o próximo, seguiremos para a felicidade eterna com as Bênçãos de Deus.

24 Até logo, pais queridos.
Conosco e com todos os nossos companheiros de fé o Amparo da Bondade Divina.

25 Recebam o abraço muito carinhoso, do filho sempre reconhecido,


Dráusio


Elias Barbosa



[1] “O Triângulo Espírita”, Ano 3, 2ª fase, nº 26, de Uberaba, 15-1-1970.

(Mensagem dirigida à senhora D. Zilda Giunchetti Rosin.)


Texto extraído da 2ª edição desse livro.

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