1 Por toda a parte
Veja a criatura,
Na noite escura
Da sua dor,
A eterna força
De um Deus clemente,
Onipotente,
Cheio de amor.
2 Astros e mundos
No céu girando,
Aves cantando,
O mar e a flor,
Todos os seres
Hinos entoem,
Cantos ressoem
Ao Criador!
3 Eterno Artífice
Que os sóis modela,
Lustres da auréola
Da Criação,
Sois a bondade
A mais perfeita,
A Luz Eleita,
A salvação.
4 Doce refúgio
Dos desgraçados,
Aos meus pecados,
Muitos que são,
Imploro e clamo,
Com o meu Espírito n
Turbado e aflito,
Vosso perdão.
5 Que desprezei
O ouro brilhante,
Lindo e faiscante,
Bem sei, Senhor!
Como fugi
Da hora fugace
Que me afastasse
Do vosso amor!
6 Mas bem sabeis
Que a carne impura
Leva a criatura
A mais pecar;
Fazendo assim
Pra meu tormento,
Meu pensamento
Prevaricar.
7 Porém, o vosso
Amor profundo
Redime o mundo
Do padecer;
Dando-lhe o tempo
E áspera lida
Para na vida
Tudo vencer.
8 Vós que acendestes
Faróis brilhantes,
Sóis rutilantes
D’almo esplendor,
Cantando a vida,
A onipotência
E a pura essência
Do vosso amor!
9 Que sois o sol
Dos universos,
Mundos dispersos
Na imensidão,
Além da força
Vós sois, também,
O sumo bem
E a perfeição
Que vence o mal,
O orgulho e a dor,
Que o pecador
No coração
Guarda com zelo,
Cruéis imigos,
Que são amigos
Da perdição.
10 Misericórdia,
Assim espero,
Almejo e quero
Para que eu
E os meus irmãos
O mal deixemos
E abandonemos
Buscando o Céu.
11 Por vossa causa
O maior gozo,
Esplendoroso,
Desprezarei,
Para que eu viva
Na luz fulgente,
Eternamente,
Da vossa lei.
12 Assim, Senhor,
Minhalma aguarda
A luz que tarda
Ao mundo vão,
Que há-de esplender
Nos homens todos,
Limpando os lodos
Da imperfeição.
13 Dominareis
Toda a impiedade
Pela verdade
Que em vós transluz!
E, servo, aguardo
Do vosso amor
Consolo à dor,
Amparo e luz!
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