1 Alma triste e infeliz que se tortura
No tormento que punge e dilacera,
Para quem nunca trouxe a Primavera
Dos seus pomos dourados de ventura;
2 Sou teu irmão e intrépido quisera
Trazer-te a luz que esplende pela Altura,
Afastando essa dor que te amargura
Nas ansiedades de uma longa espera.
3 Mas há quem guarde as gotas do teu pranto
No tesouro sublime e sacrossanto
Dos arcanos de luz da Divindade!
4 Há quem te faça ver as cores do íris
Da fagueira esperança, até partires
Nas asas brancas da Felicidade.
Cruz e Souza
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