1 Alma embriagada do imortal falerno,
Segue cantando, no horizonte claro,
O teu destino esplendoroso e raro,
Cheio das luzes do porvir eterno.
2 Mas não te esqueças desse mundo avaro,
O escuro abismo, o tormentoso Averno,
Sem as doces carícias do galerno
Das esperanças — sacrossanto amparo.
3 Volve os teus olhos ternos, compassivos,
Para os pobres Espíritos cativos
Às grilhetas do corpo miserando!
4 Abre os sacrários da Felicidade,
Mas lembra-te do orbe da impiedade,
Onde venceste a carne soluçando.
Cruz e Souza
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