1 Toda a alma nesta vida,
Dos erros, arrependida,
Vê florir no coração,
Os belos, radiosos lírios,
Alvas flores dos martírios
Das dores da contrição!
2 A alma em terna humildade,
Esquece o mal, a impiedade,
Sobe aos céus, à imensidão,
Oferecendo a Jesus
Por entre preces de luz,
Os lírios da contrição.
3 Quais são essas brancas flores,
Cujos dúlcidos olores,
Afastam-nos da aflição,
Que sem seu florescimento,
Não há arrependimento,
Nem dores da contrição?
4 São as lágrimas dos prantos,
Formosos e sacrossantos,
Do pecador na oração;
São esses prantos sentidos,
Dos seres arrependidos,
Os lírios da contrição.
5 A alma humilde e sincera
Em mística primavera,
Recebe paz e perdão,
Quando oferece ao Senhor,
Entre súplicas de amor
Os lírios da contrição.
6 São esses lírios fulgentes,
Tesouros dos penitentes,
Que fazem o coração
Ascender a estranho gozo,
No infinito esplendoroso,
Pela dor da contrição.
Francisco Xavier
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