1 Mestre!
Estudando a mensagem libertadora de Allan Kardec, em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, n nós, os companheiros desencarnados de quantos se encontram ainda em rudes lições na escola física, escrevemos este livro, n em teu nome.
2 Nele se refletem os pensamentos daqueles servos menores de teus Servos Maiores, aos quais confiaste, em círculos mais estreitos de ação, a sublime tarefa de reviver o espírito da verdade, nos tempos calamitosos de transição que o planeta atravessa.
3 Oferecemo-lo a todos os irmãos, cujos ombros jazem vergados ao peso de rijas obrigações, nesta hora em que a família humana desfalece à míngua de amor; 4 aos que, por náufragos da existência, viram quebradas, ante os furacões do materialismo destruidor, as embarcações religiosas em que se lhes erguia a fé; 5 aos que levantam a voz para redizer-te a palavra de esperança e de luz, deslocando, à custa de sacrifício, os empeços das trevas; 6 aos que, sobrecarregados de graves deveres, procuram preencher os lugares dos que desertaram do serviço, tentando debalde esquecer os fins da vida; 7 e, acima de tudo, aos que, por agora, não encontram para si mesmos senão a herança das lágrimas em que se lhes dissolve o coração.
8 Com todos eles, Senhor, rumo à Era Nova, nós, — gotas pequeninas de inteligência no oceano da Infinita Sabedoria de Deus, — partilhamos os lances aflitivos da Terra traumatizada por angústias apocalípticas, em busca de paz e renovação, trabalhando pelo mundo melhor, na certeza de que permaneces conosco e de que, como outrora, diante da tempestade, repetirás aos nossos ouvidos, tomados de inquietação: — “Tende bom ânimo! Sou eu, não temais.” ( † )
Uberaba, 9 de outubro de 1961.
Bezerra de Menezes
André Luiz
Cairbar Schutel
Eurípedes Barsanulfo
Hilário Silva
Anália Franco
Meimei
Emmanuel
e outros.
[1] A esta série de estudos pertencem os livros “Religião dos Espíritos” e “Seara dos Médiuns”.
[2] A convite dos Amigos Espirituais, os médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira psicografaram as páginas deste livro, responsabilizando-se o primeiro pelas mensagens de números ímpares e o segundo pelas de números pares, em reuniões íntimas e públicas, realizadas em Uberaba, principalmente nas noites de quartas-feiras e sábados, no período de 1956 a 1961.