Cap. XXIV — Item 13.
“… Nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.” — Jesus. (MATEUS, 10.26)
1 Na atualidade, é deveras significativa a extensão do progresso humano nos variados campos da inteligência.
2 Pormenores da vida microscópica são vislumbrados por olhos pesquisadores e argutos.
3 Ninhos do Cosmo Infinito são tateados por delicada instrumentação astronômica.
4 Aparelhagem múltipla, ausculta o corpo físico, desvelando-lhe a intimidade.
5 Experimentos inúmeros atestam a grandeza de tudo o que existe no seio da própria Terra.
6 Avançando em todas as direções, o homem alcança eloquente patrimônio intelectual, senhoreando leis e princípios que agrupam os seres e as coisas, mantendo o equilíbrio e a ordem do Universo.
7 Entretanto, na razão direta do conhecimento que vai conquistando, o espírito divisa horizontes mais vastos e fascinantes, aguçando o esforço do raciocínio.
8 Quanto mais conhece, mais se lhe amplia aos olhos a imensidão do desconhecido.
9 Quanto mais lógica no estudo, mais se lhe patenteia a exiguidade do próprio discernimento, em face da excelsitude do Todo-Divino.
10 Alma alguma pode encobrir, para si mesma, as próprias manifestações no quadro da Vida, e, de igual modo, perante a Lei, ninguém consegue disfarçar o menor pensamento.
11 Tudo pode ser descortinado, sopesado, medido… Assim, não só a realidade ainda ignorada por nós, como também as mentalizações e os atos de nosso próprio caminho, serão revisados e conhecidos, sempre que semelhante medida se fizer necessária, no local exato e na época oportuna.
12 “Nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se”, ( † ) esclarece o Senhor. Recordemos, assim, o ensinamento vivo em nosso próprio passo, agindo na esfera particular, como quem vive à frente da multidão, porquanto os nossos mínimos movimentos, na soledade ou na sombra, podem ser também trazidos ao campo da plena luz.
Emmanuel