Ao chegarem em Salamina, anunciaram a palavra de Deus nas sinagogas judaicas; tinham também a João [como] servidor. — (Atos 13:5)
40 Chegaram à ilha, com o jovem João Marcos, sem incidentes dignos de menção. Estacionados em Citium † por muitos dias, aí solucionou Barnabé vários assuntos de seu interesse familiar.
Antes de se retirarem, visitaram a sinagoga, num sábado, com o propósito de iniciar o movimento. Como chefe da missão, Barnabé tomou a palavra, procurou conjugar o texto da Lei, examinado naquele dia, às lições do Evangelho, para destacar a superioridade da missão do Cristo. Saulo notou que o companheiro explanava o assunto com respeito algo excessivo às tradições judaicas. Via-se claramente que desejava, antes de tudo, conquistar as simpatias do auditório; em alguns pontos, demonstrava o temor de encetar o trabalho, abrindo as lutas tão em desacordo com o seu temperamento. Os israelitas mostraram-se surpreendidos, mas satisfeitos. Observando o quadro, Saulo não se sentiu plenamente confortado. Fazer reparos a Barnabé seria ingratidão e indisciplina, concordar com o sorriso dos compatrícios perseverantes nos erros do fingimento farisaico seria negar fidelidade ao Evangelho.
Procurou resignar-se e esperou.
41 A missão percorreu numerosas localidades, entre vibrações de largas simpatias. Em Amatonte, † os mensageiros da Boa Nova demoraram mais de uma semana. A palavra de Barnabé era profundamente contemporizadora. Caracterizava-se, em tudo, pelo grande cuidado de não ofender os melindres judaicos. […]
Emmanuel
(Paulo e Estêvão, FEB Editora. Segunda parte. Capítulo 4, pp. 293 e 294. Indicadores 40 e 41)