O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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O Evangelho por Emmanuel — Volume V — 2ª Parte ©

Textos paralelos de Atos dos apóstolos e Paulo e Estêvão

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Saulo persegue os seguidores de Jesus em Jerusalém

Saulo assolava a Igreja: entrando pelas casas, arrastando varões e mulheres, entregava-os à prisão. — (Atos 8:3)


1 Desde o martírio de Estêvão, agravara-se em Jerusalém  †  o movimento de perseguição a todos os discípulos ou simpatizantes do “Caminho”. Como se fora tocado de verdadeira alucinação, ao substituir Gamaliel nas funções religiosas mais importantes da Cidade, Saulo de Tarso deixava-se fascinar por sugestões de fanatismo cruel.

Impiedosas devassas foram ordenadas a respeito de todas as famílias que revelassem inclinação e simpatia pelas ideias do Messias Nazareno. A igreja modesta, onde a bondade de Pedro prosseguia socorrendo os mais desgraçados, era rigorosamente guardada por soldados, com ordem de impedir as prédicas que representavam o brando consolo dos infelizes. Obcecado pela ideia de resguardar o patrimônio farisaico, o moço tarsense entregava-se aos maiores desmandos e tiranias. Homens de bem foram expulsos da cidade por meras suspeitas.


2 Operários honestos e até mães de família eram interpelados em escandalosos processos públicos, que o perseguidor fazia questão de movimentar. Iniciou-se um êxodo de grandes proporções, como Jerusalém de há muito não via. A cidade começou a despovoar-se de trabalhadores. O “Caminho” havia seduzido para as suas doces consolações a alma do povo, cansada na incompreensão e no sacrifício. Livre das prestigiosas advertências de Gamaliel, que se retirara para o deserto, e sem a carinhosa assistência de Abigail, que lhe facultava generosas inspirações, o futuro rabino parecia um louco, em cujo peito o coração estivesse ressequido. Debalde, mulheres indefesas suplicavam-lhe piedade; inutilmente, crianças misérrimas pediram complacência para os pais, abandonados como prisioneiros infelizes.


Emmanuel



(Paulo e Estêvão, FEB Editora. Primeira parte. Capítulo 9, pp. 155 e 156. Indicadores 1 e 2)


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