19 Chegaram em Éfeso, e [Paulo] os deixou ali; porém dirigindo-se à sinagoga, ele mesmo dialogou com os judeus. 20 E ao lhe pedirem para permanecer por mais tempo, não anuiu, 21 mas, apartando-se, disse: querendo Deus, retornarei novamente para vós. E fez-se [ao mar] de Éfeso. — (Atos 18:19-21)
33 […] Depois de viagem difícil, repleta de incidentes penosos, Paulo e os companheiros chegaram ao ponto destinado.
34 A igreja de Éfeso enfrentava problemas torturantes. João lutava seriamente para que o esforço evangélico não degenerasse em polêmicas estéreis. Mas os tecelões chegados de Corinto deram-lhe mão forte na cooperação imprescindível.
Em meio das acaloradas discussões que houve de manter com os judeus, na sinagoga, o ex-rabino não olvidou certas realizações sentimentais que almejava desde muito. Com delicadeza extrema, visitou a Mãe de Jesus na sua casinha singela, que dava para o mar. Impressionou-se fortemente com a humildade daquela criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo vestido de mulher. Paulo de Tarso interessou-se pelas suas narrativas cariciosas, a respeito da noite do nascimento do Mestre, gravou no íntimo suas divinas impressões e prometeu voltar na primeira oportunidade, a fim de recolher os dados indispensáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os cristãos do futuro. Maria colocou-se à sua disposição, com grande alegria.
35 O Apóstolo, entretanto, depois de cooperar algum tempo na consolidação da igreja, considerando que Áquila e Prisca se encontravam bem instalados e satisfeitos, resolveu partir, buscando novos rumos. Debalde os irmãos procuraram dissuadi-lo, rogando ficasse na cidade por mais tempo. Prometendo regressar logo que as circunstâncias permitissem, alegou que precisava ir a Jerusalém, † levar a Simão Pedro o fruto da coleta de anos consecutivos nos lugares que percorrera. O filho de Zebedeu, — que conhecia o projeto antigo, deu-lhe razão para empreender a viagem sem mais demora.
Como já se encontrassem novamente a seu lado, Silas e Timóteo fizeram-lhe companhia nessa nova excursão.
Emmanuel
(Paulo e Estêvão, FEB Editora. Segunda parte. Capítulo 7, pp. 384 e 385. Indicadores 33 a 35)