O Caminho Escritura do Espiritismo Cristão
Doutrina espírita - 2ª parte.

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Opinião espírita — Emmanuel / André Luiz — F. C. Xavier / Waldo Vieira


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Medo e mediunidade

O Livro dos Médiuns — Questão 159. n


1 — Gosto das reuniões espíritas, contudo, tenho medo de comparecer…

2 — Sinto a mediunidade, mas temo…

3 — Creio racionalmente no Mundo dos Espíritos, entretanto, não posso nem pensar seja possível que um Espírito me apareça…


4 Se surgem comumente confissões quais essas, é preciso anotar que elas exprimem apenas reduzido número daquelas criaturas que dizem com franqueza o que pensam.

5 Quantos médiuns se afastam em silêncio da ação edificante a que foram chamados e só os Amigos da Espiritualidade lhes testemunham o medo inconfessável, a se lhes enrodilhar nos corações por visco entorpecente!

6 Sim! Um dos muitos tipos de medianeiros frustrados no intercâmbio espiritual e que escapam até agora de toda classificação é o médium medroso.

7 As pessoas impressionáveis quase sempre revelam espontâneas susceptibilidades incluindo naturalmente o medo por um dos agentes essenciais da sensibilização mediúnica. Complexadas por algum fato ou conversa ouvida, leitura ou referência que lhes vincaram a emotividade, alimentam terror pânico e difuso ante o exercício das faculdades psíquicas, sem qualquer razão de ser.

8 Certifiquemo-nos de que o medo é uma espécie de baraço invisível, frenando inutilmente legiões de trabalhadores valorosos à margem do serviço. Fobia — muitas vezes derivada de atitudes infantis — é necessário saibamos curá-la, pela medicação do amor fraternal e do esclarecimento lógico, sem perder de vista que a ocorrência mediúnica é manifestação de Espírito para Espírito igual aos sucessos corriqueiros da vida terrestre.

9 Médiuns, se o medo é o teu problema individual, no que respeita à prática medianímica, situa na construção da fé raciocinada a melhoria a que aspiras!

10 A coerência com os princípios que esposamos ensina-nos que a criatura de fé verdadeira nada teme, senão a si própria, atenta que vive às fraquezas pessoais. Em razão disso, é correto receares simplesmente a ti mesmo, em todos os sentimentos que ainda não conseguiste disciplinar.

11 Se não te amedrontas face à condição de intérprete para a troca verbal entre criaturas que versam idiomas diferentes por que temer a posição de instrumento entre pessoas domiciliadas em Esferas diferentes, carecidas da cooperação mediúnica?

12 Por que motivo te assustares diante dos desencarnados, que são, na essência, personalidades iguais a ti mesmo?

13 Espíritos benevolentes e esclarecidos são mentores preciosos que merecem apreço e Espíritos doentes ou infelizes não devem ser temidos, por necessitados de mais amor.

14 Medo é inexperiência.

15 Corrige-te, através do labor mediúnico, raciocinado com o Evangelho Vivo e perseverando na tarefa de fraternidade.

16 Na edificação doutrinária, onde se objetiva o intercâmbio puro com as Esferas Superiores, todos os companheiros se esforçam na garantia dos bons pensamentos e assistência espiritual se levanta de preces sinceras sendo, portanto, num templo espírita, o local em que a pessoa humana, cousa alguma deve temer, por encontrar aí as fontes de seu próprio consolo e sustentação.

17 Não te admitas incapaz de dominar o medo perante as efusões do reino da alma. Reage contra qualquer receio infundado, mantendo-te na tranquilidade da confiança, no desassombro da fé, na leitura edificante e na meditação construtiva e, ao fazeres a tua parte na supressão de semelhante fantasma íntimo, reconhecerás que os benfeitores da Vida Maior te farão descobrir na lavra mediúnica o áureo caminho da verdade e o portal sublime do amor.


André Luiz


Texto extraído da 1ª edição desse livro.

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