O Livro dos Médiuns — Questão 182. n
1 Meu Amigo.
Considera na mediunidade uma poderosa alavanca de expansão do Espiritismo, reconhecendo, porém, que a Doutrina Espírita e o serviço mediúnico são essencialmente distintos entre si.
Todos os encarnados são médiuns e antigos devedores uns dos outros.
2 Nunca destaques um gênero de mediunidade como sendo mais valioso que outro, sabendo, no entanto, que o exercício mediúnico exige especialização para produzir mais e melhores frutos a benefício de todos.
A mediunidade existe sempre como fonte de bênçãos, desde que exercida com devotamento e humildade.
3 No burilamento de faculdades mediúnicas, situa a feição fenomênica no justo lugar para não te distraíres com superfluidades inconsequentes.
O aspecto menos importante da mediunidade reside no próprio fenômeno.
4 Relaciona-te pois, com o fenômeno quando ele venha a surgir espontaneamente em tarefas ou reuniões que objetivem finalidades mais elevadas, que não o fenômeno em si, usando equilíbrio e critério na aceitação dos fatos.
A provocação de surpresas em matéria de mediunidade não raro gera a perturbação.
5 Jamais perca a esperança ou a paciência no trato natural com os nossos irmãos enfermos, especialmente quando médiuns, sob influenciação inferior, para que se positive a assistência espiritual desejável.
Quem aguarda em serviço o socorro da Divina Providência, vive na diretriz de quem procura acertar.
6 Mobiliza compreensão, tato e paciência para equacionar os problemas que estejam subjugando os enfermos desencarnados, elucidando-os com manifesta indulgência quanto à Realidade Maior no que tange ao fenômeno da morte, ao intercâmbio mediúnico, ao corpo espiritual e a outras questões afins.
A palavra indisciplinada traumatiza quem ouve.
7 Analisa com prudência as comunicações dos Espíritos sofredores, segundo a inspiração do amor e a segurança da lógica, aquilatando-lhes o valor pelas lições que propiciem inequivocamente a nós mesmos.
O bom senso é companheiro seguro da caridade.
8 Compenetra-te dos teus deveres sagrados, sabendo que o medianeiro honesto para consigo mesmo, chega à desencarnação com a mediunidade gloriosa, enquanto que o medianeiro negligente atinge o rio da morte com a tortura de quem desertou da própria responsabilidade.
A mediunidade não se afasta de ninguém, é a criatura quem se distancia do mandato mediúnico que o Plano Superior lhe confere.
André Luiz